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A NOTA CONFIRMA O PAGAMENTO. |
O
presidente do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, Alvaro
Quintão denunciou hoje (8) que o presidente da OAB do seu estado, Felipe Santa
Cruz, gastou R$120 mil dos cofres da entidade na confecção de 17 mil agendas
para distribuição aos advogados inscritos na seccional, mas do Pará. “Essa
atitude é um escândalo porque os advogados do Rio pagam uma das mais caras
anuidades do país e o dinheiro suado desse mesmo advogado vem sendo utilizado
para Santa Cruz ganhar o apoio dos demais dirigentes para um projeto pessoal
que é de se eleger presidente do Conselho Federal da entidade”, afirmou Quintão.
O
presidente do Sindicato dos Advogados lamentou que Santa Cruz utilize os
recursos obtidos com as anualidades dos advogados para atingir projetos de
interesse estritamente eleitoral. Quintão lembrou que recentemente o Sindicato
dos Advogados divulgou os gastos milionários da OAB-RJ com contratos com
empresas de serviços que a maioria da categoria não tinha o mínimo
conhecimento. “Um gasto milionário e desnecessário que tem um único objetivo: o
cargo de presidente nacional da entidade”.
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Presidente do Sindicato dos Advogados do RJ, Alvaro Quintão |
Impressionados
com a atitude da OAB-RJ, a corregedora da Seccional do Pará e outros
conselheiros estaduais da entidade irão protocolar uma representação no
Conselho Federal da OAB contra os presidentes das Seccionais do Pará, Alberto Campos e do Rio de Janeiro, Felipe
Santa Cruz. No documento, os advogados vão pedir a punição disciplinar e a
inelegibilidade dos dois para concorrerem a qualquer cargo da OAB nas próximas
eleições.
O
ex-presidente da OAB do Pará e atual conselheiro federal, Jarbas Vasconcelos
também ficou impressionado com a atitude de Santa Cruz. "Quem quer ser
candidato a presidente nacional da OAB deve dar o exemplo. A doação de 17 mil
agendas a advogados paraenses pela seccional da OAB carioca não tem previsão
legal". Segundo Vasconcelos, o ato só encontra explicação no fato de
Felipe Santa Cruz ser candidato a presidente do Conselho Federal da entidade
maior dos advogados.
A
eleição para o Conselho Federal é indireta e a possível compra de voto, de um
presidente de seccional por outro, deve ser apurada, pois se verdadeira, o
sistema deverá ser revisto, concluiu Jarbas Vasconcelos.
A
OAB-RJ ainda não se manifestou sobre a denúncia.
Fonte: Diário do Poder - RJ