Em 2017, o destaque ficou por
conta do seguimento de importações, que contabilizou mais de 470 toneladas
movimentadas no período – são 66% a mais que 2016. Já o setor de exportações,
os números também foram expressivos, registrando um aumento de 43% em relação
ao ano anterior. Para Fábio Rodrigues,
superintendente do Val-de-Cans, o recebimento da certificação operacional da
Anac, foi um dos fatores que contribuíram para este cenário.
“No que se refere a importação, o
que levou ao crescimento do teca foi basicamente a retomada das movimentações
em Belo Monte, que acabaram trazendo uma grande quantidade de carga de alto
valor agregado. E, naturalmente, a certificação operacional do aeroporto foi
fundamental para isso porque nos tornou aptos a receber voos de grande porte
sem nenhum tipo de restrição. E no que se refere as exportações, acaba sendo
uma reação em cadeia. A medida que as aeronaves chegam aqui, com seus porões
repletos, elas acabam tendo espaço e tendo uma oferta para que os produtos
saiam por via aérea. E isso aí acaba dando margem para que os produtores locais
poderem utilizar do modal aéreo nessa logística reversa”.
Fábio Rodrigues acrescenta ainda
o potencial do aeroporto para ser instrumento de interligação da região norte
com o resto do mundo.
“Além de ser essa porta de
entrada da Amazônia, ele também pode ser visto como canal de interligação do
Brasil com o resto do mundo, sobretudo, por conta da posição geográfica
estratégica do aeroporto. Então, a meta, na continuidade do nosso serviço, é
demonstrar de fato, que Belém pode ser o Hub de interligação de Belém da região
norte e do Brasil com o resto do mundo”.
Os itens que lideram as
importações do Terminal de Carga belenense são de empresas do ramo da mineração
e da tecnologia. E entre as mercadorias enviadas para fora do país, os
destaques são a bexiga de peixe e o peixe fresco.
* Colaboração Roberta Martins, da Infraero