A Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa) divulgou nesta segunda-feira (19) o primeiro Informe
Epidemiológico de 2018 sobre os casos registrados no Pará de dengue, zika e
febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Até o dia
30 de janeiro deste ano foram contabilizados 28 casos de dengue, 24 de febre
chikungunya e nenhum de zika.
As maiores ocorrências de dengue
são nos municípios de Marapanim (8), Abaetetuba (5), Marabá (3), Alenquer (2),
Ananindeua (2), Palestina do Pará (2), Barcarena (1), Belém (1), Capitão Poço
(1) e Marituba (1). Os municípios com maior número de casos de chikungunya são
Ananindeua, Belém, Benevides, Barcarena, Jacundá e Novo Repartimento.
Em 2017, até 30 de dezembro,
foram registrados 4.738 casos de dengue, 332 de zika e 6.734 de febre
chikungunya. Em 2016, no mesmo período, foram confirmados 6.711 casos de
dengue, 1.418 de febre chikungunya e 3.052 de zika vírus.
Informação - No período de
abrangência do Informe Epidemiológico não houve registro de mortes no Estado em
função dessas doenças. A Sespa continua pedindo às secretarias municipais de
Saúde que informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e
mortes que podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes
aegypti.
Para confirmar a causa da morte é
necessária a investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de
Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em
laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto
Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da
Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Monitoramento – As ações de
combate à dengue competem aos municípios, que devem cumprir metas. Entre os
procedimentos essenciais estão vistorias domiciliares por agentes de controle
de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios, que
receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e
controle da dengue, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas
(larvicidas e adulticidas).
A Secretaria de Saúde Pública
também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do
programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento
de casos de febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa
faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e
articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em
vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também
são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a
participação da população no controle da dengue.
Sintomas - Os vírus da dengue,
chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e
provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm
gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa, devido aos quatro sorotipos diferentes
do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e
indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e
pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se
principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre
10 e 15 dias, mas as dores podem permanecer por meses, e até anos. Complicações
sérias e morte são muito raras. Já a zika apresenta sintomas que se manifestam,
no máximo, por sete dias.
A população também deve continuar
combatendo possíveis criadouros do mosquito. Se houver dificuldade, as pessoas
devem acionar os programas municipais de controle da dengue mantidos pelas
prefeituras. As equipes de profissionais capacitados visitam as casas para
inspecionar possíveis criadouros do mosquito, com o objetivo de eliminar os
focos e orientar os moradores sobre prevenção e controle do Aedes aegypti.