Aposentada Emirena Correa completou um século de vida neste mês - Foto: Ascom |
Ser longevo, chegar aos 100 anos
e estar com a família é o desejo de muita gente. Mas poucos, de fato, podem
fazer isso. Esse é o caso da agricultora aposentada Emirena Correa, que
completou um século de vida neste mês, no dia 04. A comemoração foi esta
semana. Emirena celebrou a nova idade com a família, em uma pequena cerimônia
no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na
Região Metropolitana de Belém (RMB) onde se recupera de um acidente doméstico.
Na unidade gerenciada pela
Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob
contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a
aposentada ganhou o carinho das netas e dos filhos. Com a ajuda das
profissionais do setor de Psicossocial, a família pôde comemorar ao lado de Emirena. Quando jovem, a
agricultora e o marido eram responsáveis pela plantação de alimentos como
milho, mandioca e arroz em Curuçá, cidade do nordeste paraense.
A neta Andreia Correa acompanhou
Emerina nos dias após uma cirurgia no fêmur. Apegada à avó, por quem foi
criada, Andreia não poupou esforços para estar com a aposentada, a quem chama
carinhosamente de mãe. Emerina é descrita pelos filhos como uma mulher
guerreira, que enfrenta dores e tem na religião seu ponto de fé. “Ela é muito
católica, reza o rosário todos os dias e quando os enfermeiros tentam tirar o
terço da mão dela dizia ‘larga o meu rosário’”, contou.
Ao completar 100 anos, a
aposentada se disse feliz e brincou com uma das filhas: “Só veio me visitar
porque era meu aniversário, né (sic)?”. Viúva, a agricultora comentou com outra
filha, dias antes do aniversário, a falta que sente do marido, falecido em
março de 2009. “Ele me deixou sozinha aqui”, disse com a saudade de quem passou
70 anos ao lado do companheiro.
Para o filho, Valentim Correa,
Emirena representa força. “Ela não se deixa abater, enfrenta a dor, não se
entrega. É um exemplo para a gente, porque muitos sentem uma dor e se entregam.
Ela enfrenta até onde puder”, falou carinhosamente.
A técnica de Enfermagem, Monayara
Andrade, foi uma das colaboradoras que trabalhou para ajudar na recuperação da
aposentada. A profissional conta que o cuidado com o idoso é um de seus
interesses na área assistencial. “É um tipo de paciente que gosto de cuidar. É
gratificante ter a oportunidade de cuidar de um ser humano que tem muitas
histórias para contar”, finalizou.