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A operadora de produção Carla Cristina Vasconcelos, 35 |
De acordo com dados mais recentes
da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados pelo Ministério do
Trabalho, a participação feminina no emprego formal brasileiro foi de 44% em
2016. Apesar da diferença entre o número de mulheres e homens ter mudado pouco
em relação ao ano anterior (quando as mulheres ocuparam 43,7% dos empregos
formais), os dados mostram uma tendência de aumento da igualdade de gênero nas
ocupações.
Ao adotar a igualdade de gênero
em seus valores, as empresas cumprem um papel fundamental para a valorização da
mulher no mercado de trabalho. Na Alubar, líder na América Latina na fabricação
de cabos elétricos de alumínio e produtora de condutores elétricos de cobre
para média e baixa tensão, as mulheres têm ampliado sua atuação mesmo em cargos
operacionais - que são historicamente protagonizados por homens.
A operadora de produção Carla
Cristina Vasconcelos, 35, é uma das mulheres que está na linha de frente da
fabricação de condutores de cobre da Alubar, em Barcarena. Ela entrou na
empresa no ano passado e opera uma máquina de fracionamento de rolos de cobre,
dividindo cabos de até 30 quilômetros em unidades de 100 metros. “Eu comparo
essa máquina que eu opero a uma Ferrari. Sabe aquele carro bonito, que você toma
cuidado, que todo mundo quer ver e conhecer? Eu vejo essa máquina assim. Ela
faz um processo completo, pega o material que sai da extrusora, fraciona e
embala o cabo para ir para o cliente”, descreve a colaboradora da Alubar.
Carla observa que as mulheres
estão ganhando cada vez mais espaço na fábrica e isso se deve, também, ao clima
de respeito mantido pelos colaboradores no local de trabalho. “São quatro
mulheres trabalhando com a mesma máquina que eu. Ainda são poucas, mas o número
está crescendo junto com a área de cobre da empresa. Já vemos também as
mulheres em cargos de gestão e isso é muito encorajador”, relata.
Apoio além da fábrica
Casada e mãe de três filhos, Carla
conta que a postura da empresa fez toda a diferença em um dos momentos mais
difíceis de sua vida pessoal. Quando tinha apenas um mês de trabalho na Alubar,
ela viu o seu filho caçula passar por crises diárias de epilepsia e, graças ao
apoio dos colegas de trabalho e da direção da empresa, ela encontrou forças e
segurança para superar as dificuldades e cuidar da família. “Meu filho quase
morreu. Foram quatro meses indo e voltando de UTI. Quando isso aconteceu, a
gerência chegou comigo e disse: ‘Somos um time, estamos contigo. Quando o teu
filho ficar bom, todos vamos ficar bem’. Eu estava com medo, pois era
recém-contratada e precisei faltar serviço para cuidar do meu filho, mas eles
me deram segurança”, relembra a operadora.
O cuidado da empresa com a
família dos colaboradores faz com que Carla Cristina se sinta grata e motivada
a dar o seu melhor a cada dia de trabalho. Ela relata que pretende trabalhar na
Alubar até a aposentadoria, aproveitando os benefícios e oportunidades de
crescimento que a empresa oferece. “Sabe aquele casamento, com aquele homem
especial que você tanto esperava para a vida dar certo? É assim que eu me sinto
em relação a Alubar. É bom saber que a empresa ajuda a colocar nossos filhos em
um bom colégio, temos um bom plano de saúde e vale alimentação. Até mesmo
óculos para o seu filho a empresa ajuda a comprar. Se você somar tudo, vai
muito além do salário. Não existem outras empresas que fazem isso para o
funcionário”.
Oportunidade de crescimento
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Adryene Batista, de 24 anos |
Ela trabalha acompanhando
diretamente o setor operacional da mineradora, implantando um sistema de
melhoria contínua denominado I-Cube. A metodologia permite uma melhoria
continua em diversas áreas como na organização, atendimento e fluxos das
operações com a participação dos colaboradores no processo. Além disso, Adryene
atua também nas auditorias internas realizadas pela empresa.
Com relação à participação das
mulheres na empresa, Adryene é muito otimista e diz que as oportunidades
aumentaram muito nos últimos anos, em todas as áreas da Imerys. “Antes, nosso
departamento de engenharia praticamente não tinha mulheres. Hoje você percebe
que tem bem mais. Aqui na unidade do Rio Capim, em Barcarena, vejo que tem
muitas mulheres entre os estagiários, nas engenharias e na operação. As
mulheres estão se preparando não só para entrar na área industrial, mas para
serem líderes nessas áreas”.