O Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades, publicou na edição de hoje (08)
do Diário Oficial da União a Resolução nº 729, de 06 de março de 2018, do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta o uso da placa de identificação
veicular padrão Mercosul contendo selos federais, e chips de identificação,
fabricados pela Casa da Moeda do Brasil, que terá vida útil relacionada à
durabilidade da chapa.
Com a regulamentação, as placas
terão elementos que permitem maior segurança e identificação automática dos
veículos, como QR Code e número de ID único, alterações no processo de
fabricação das placas para coibir fraudes, além de cumprir o acordo
internacional estabelecido na Resolução MERCOSUL/GMC Nº 33/2014.
Após a publicação da Resolução,
apenas o Denatran poderá credenciar as empresas fabricantes de placas,
diferentemente do modelo atual, de responsabilidade de cada órgão de
fiscalização estadual (Detran). Com isso, o custo da chapa será padronizado
nacionalmente. Estudos técnicos indicam que o valor do custo de fabricação da
placa será menor do que os praticados atualmente no mercado. As empresas
credenciadas precisarão desenvolver produtos em conformidade com as diretrizes
presentes na Resolução, que serão apresentados a certificadoras credenciadas
pelo Denatran. Em caso de conformidade, é entregue ao fabricante o certificado
para produção, com o envio de habilitação jurídica, regularidade fiscal e
qualificação técnica ao Denatran.
Com isso, as novas placas dispensarão
o uso de lacres, em concordância com o Parágrafo 9 do Artigo 115 do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
A Resolução entrará em vigor após
180 dias da publicação, sendo obrigatório para os veículos novos que receberão
o emplacamento, e para os que optarem por mudar o domicílio. A troca da chapa
para veículos já emplacados será opcional até 2023. Após essa data, todos os
veículos brasileiros deverão conter a nova placa. Reboques, semirreboques,
triciclos, motonetas, ciclos elétricos, quadriciclos, ciclomotores e tratores
serão identificados apenas pela placa traseira.
Os chips compartilharão os dados
com outros órgãos, permitindo integração com as polícias Federal, Rodoviária
Federal e estaduais, facilitando em ocorrências de roubos e furtos, assim como
com a Receita Federal e receitas estaduais, em situações de evasão de divisas,
permitindo uma fiscalização de veículos de cargas e passageiros mais ampla. Os
chips também proporcionarão acesso a sistemas de portões e cancelas, permitindo
liberação automatizada em pedágios e estacionamentos.