Os hospitais têm obrigação de
notificar todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) às
secretarias municipais de saúde; colher amostra de secreção de nasofaringe do
paciente para pesquisa de vírus respiratório e encaminhar ao Laboratório
Central do Estado (Lacen-PA). Também devem iniciar o tratamento com o antiviral
Oseltamivir (Tamiflu) nas primeiras 48 horas preferencialmente. O alerta é da
chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa), Fátima Chaves. Ela informa que as instituições
hospitalares não estão cumprindo o que preconiza a Nota Técnica 01/2018 emitida
pela Sespa, no mês de janeiro deste ano e distribuída a todas as Secretarias
Municipais de Saúde.
A falta de coleta de material
biológico para o exame dificulta o trabalho da Vigilância Epidemiológica que
fica sem informação sobre os tipos de vírus respiratórios circulando no Estado. “Identificar o vírus é
fundamental para direcionar as ações do Ministério da Saúde e das Secretarias
Estaduais e Municipais de Saúde”, afirmou a chefe da DVE.
Fátima informou que até a 15ª
Semana Epidemiológica (SE) de 2018, foram notificados 179 casos de SRAG no
Pará, sendo a maioria das notificações ocorridas na 9ª SE com 20, 13ª SE com 25
e 14ª SE com 21 notificações. O município com maior número de casos notificados
foi Altamira com 102, o que corresponde a 57,9% dos casos, seguido dos
municípios de Belém com 54 casos (30,6%) e Castanhal com 6 casos (3,4%).