Os resultados alcançados pela
indústria do Pará em 2017 estão entre os fatores que contribuíram para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Norte, a região que mais cresceu
no ano passado, segundo levantamento feito pelo portal Governo do Brasil. A
produção industrial paraense teve incremento de 10,1%, com destaque para a
indústria extrativa mineral (13,2%) e a produção de produtos de madeira (3,2%).
O levantamento se baseou no Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), que tenta prever o comportamento do PIB nacional antes do resultado
oficial ser divulgado.
Com mais produção industrial,
também cresceu a movimentação de cargas com exportações e exportações,
sobretudo no Aeroporto Internacional de Belém. Somente no primeiro trimestre
deste ano, o transporte aéreo desses materiais quase dobrou no Estado. Além
disso, o aeroporto se prepara para receber mais empresas aéreas – com a
abertura de novos voos internacionais – e aumentar o número de passageiros e de
cargas este ano.
“Os resultados obtidos no
primeiro trimestre superaram todas as expectativas previstas para o período,
indicando a continuidade da tendência de crescimento na movimentação de cargas
iniciada ao longo de 2017, principalmente com a conquista de novos clientes nos
seguimentos de informática, tecnologia e construção naval”, diz o coordenador
de Negócios em Logística de Carga do aeroporto, Emanoel Leite Junior, em
entrevista ao portal Governo do Brasil.
O emprego na indústria paraense
também deu um salto em 2017. Pesquisa do Departamento Interestadual de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos números oficiais
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho, apontam geração de 1.276 vagas em onze meses de 2017, resultado das
27.745 contratações e 26.469 demissões registradas no período. Entre os Estados
da região Norte, o Pará foi o segundo que mais gerou empregos na indústria, à
frente de Amazonas, Amapá, Roraima, Tocantins e Acre.
Salto – Enquanto o Brasil cresceu
1% no ano passado, a região Norte avançou 8,23% – um crescimento a ritmo
chinês, oito vezes maior que o PIB nacional, segundo o levantamento. Todos os
principais ramos e segmentos da economia nortista geraram riqueza para o País,
da fabricação de televisores e eletrônicos na Zona Franca de Manaus à extração
mineral e vendas no comércio e no setor de serviços.
Respondendo por 3% da indústria
do País, o Amazonas apresentou números expressivos. A fabricação de máquinas e
equipamentos, por exemplo, cresceu 31,6% no ano passado, enquanto a produção de
produtos eletrônicos e materiais de informática, 23,9%. Esse desempenho, entre
outros fatores, pode ter sido influenciado pela proximidade da Copa do Mundo e
pelo aumento da demanda por televisores e outras telas.
Segundo o portal Governo do
Brasil, apenas o Polo Industrial de Manaus registrou faturamento de R$ 81
bilhões no ano passado, valor 9,41% maior que o registrado em 2016. A
Superintendência da Zona Franca de Manaus aponta que a melhora observada
significa uma recuperação das empresas da área, que desde 2014 vinham
registrando redução no faturamento. As exportações do polo também cresceram em
2017, alta de 6,54%. (Com informações do portal Governo do Brasil)