Com o objetivo de capacitar
moradores de comunidades de Monte Alegre para a prestação de serviços
turísticos, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade
(Ideflor-bio), em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e a
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), promovem entre 16 e 20 de abril,
uma série de palestras sobre Hospitalidade Turística. Cerca de 30 moradores das
comunidades de Ererê, Maxirá, Maxirazinho, Santana, Paituna e Lages vão
participar da ação.
As comunidades ficam localizadas
na Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna e nas proximidades do Parque
Estadual de Monte Alegre (Pema), área que, desde 2017, passa por reformas para
a instalação de um Complexo de Musealização. O ciclo de palestras tem como
objetivo capacitar habitantes dos arredores das duas Unidades de Conservação
para atenderem o afluxo de turistas da região.
“A ideia é que os moradores do
entorno do Pema e da APA aprendam técnicas de hospitalidade, de criação de
preços e de atendimento de turistas, a fim de que eles possam oferecer serviços
de turismo aos visitantes da área e ter mais uma possibilidade de renda. As
palestras têm a função de sensibilizar os comunitários para que percebam o
quanto é importante se qualificar profissionalmente para oferecer um serviço
com qualidade aos visitantes”, conta Andreia Dantas, servidora da Gerência da
Região Administrativa Calha Norte I (GRCN-I), do Ideflor-bia, instância que
gerencia as duas Unidades de Conservação.
Os encontros ocorrem na sede da
Associação de Moradores de Maxirazinho. Entre os temas abordados estão:
sustentabilidade no turismo; educação fiscal; planejamento comunitário e os
meios de hospedagem.
As comunidades já receberam,
também, outras capacitações oferecidas em parceria entre o Ideflor-bio e a
Setur. Uma delas foi o Trilhas e Caminhadas ação que, em junho e outubro de
2017, capacitou habitantes da região de Monte Alegre para atuarem como
condutores de trilhas no Pema.
Biodiversidade
O Parque Estadual de Monte Alegre
é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, com pouco mais de 3,5 mil
hectares. A área é reconhecida pela rica biodiversidade e também pela beleza
dos recursos naturais, com formações rochosas imponentes e vistas
privilegiadas, como a da Pedra do Mirante, considerado o maior atrativo
turístico do Parque e que possibilita uma visão panorâmica em 360º do
território.
O Pema também recebeu as marcas
da passagem do homem desde tempos pré-históricos, com pinturas rupestres de
mais de 11 mil anos em locais como a Serra da Lua, que possui um paredão de 200
metros repleto de pinturas na cor vermelha e amarela.
Já a Área de Proteção Ambiental
Paytuna é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável e, por isso, permite a
habitação e utilização controlada dos recursos naturais. A APA possui quase 60
mil hectares, os quais se distribuem ao redor do Pema.