Passa bem Patrícia Malcher, mãe
do menino nascido durante um parto de urgência às proximidades da sede do
Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv), no quilômetro 7 da rodovia estadual
483. O recém-nascido também apresenta boas condições clínicas. Em uma ação
atípica e sem tempo de atendimento médico, o cabo Isaías de Oliveira realizou o
parto, e contou com a ajuda do cabo Carlos Augusto Barros Amoras e apoio do
sargento Alan Ricardo da Rocha e do cabo Ginomar Ferreira da Silva, os dois
últimos militares que conduziam o fluxo naquele trecho da PA-483, via que leva
à Alça Viária.
O fato ocorreu neste domingo, 22,
por volta das 13 horas, quando militares do Batalhão de Policiamento Rodoviário
que apoiavam uma fiscalização da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa),
desenvolvido na entrada da Alça Viária, foram acionados pelo rádio para
atendimento a uma jovem que estava em avançado trabalho de parto. Patrícia
Malcher e seu companheiro Walclei Roberto de Assis seguiam no sentido de
Marituba, na Região Metropolitana de Belém, e segundo a PM, o destino era o
Hospital Anita Gerosa, localizado em Ananindeua.
Os militares abriram caminho para
o deslocamento do veículo com a mulher grávida, mas, na frente da sede do BPRv,
na PA-483, quilômetro 7, depararam-se com uma situação atípica: a bolsa d’água
havia se rompido. O cabo Isaías de Oliveira, então, iniciou os procedimentos
para a realização do parto.
“Estávamos dando apoio ao
deslocamento do carro com a grávida, mas em frente à sede do BPRv, o
companheiro da grávida nos disse que a bolsa havia se rompido e as pernas da
criança estavam do lado de fora. Eu saí da viatura e verifiquei que, realmente,
a bolsa havia estourado, o quadril, as pernas haviam saído e o bumbum também”,
disse o cabo Isaías.
No momento crítico, o militar
lembrou-se da tensão: “Foi dificultoso por conta das pernas terem saído
primeiro que a cabeça. Fiquei preocupado porque a cabeça estava presa, a
criança estava sem se mexer e roxa. Coloquei-a de cabeça para baixo e fiz massagem
nas costas dela, abri a boca e ela começou a chorar”, complementou. A criança e
a mãe foram transportadas para o hospital Anita Gerosa, na BR-316. A equipe
médica disse que a intervenção foi muito complexa por conta da posição da
criança.