Setran esclarece motivos das obras na Rodovia PA-150




A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) destacou que a Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, promovida pelo Ministério Público do Estado do Pará, relativa às obras nos trechos situados entre Jacundá / Nova Ipixuna (32,5 km) e Nova Ipixuna/Morada Nova (32,5 km), ou seja, 65 km dos mais de 400 km da Rodovia PA-150, não traz arguições quanto a sobrepreços ou “superfaturamento”, mas, sim à necessidade ou pertinência de obras emergenciais nos respectivos trechos e o critério de escolha das empresas executoras.

Segue nota da Setran:

"A Rodovia PA-150 é a mais extensa e importante via de acesso terrestre do Pará, fazendo sua ligação de norte a sul, considerada, portanto, uma via estruturante do Estado, que vem, desde 2012, recebendo obras em vários trechos.

Apesar das intervenções, o pavimento dos trechos supracitados da rodovia apresentou graves problemas de deformação no perfil longitudinal e transversal, devido a afundamentos diferenciais, tipo trilhas de rodas, bem como buracos que necessitavam de imediata recomposição, levando a Setran a acionar as empresas responsáveis pelas obras para que realizassem as intervenções necessárias à correção dos defeitos surgidos, o que ocorreu, embora sem sucesso.

Diante de tal fato, a Setran determinou a realização de perícia independente e instaurou sindicância, de forma autônoma, para identificar as razões que levaram a esse estado de deterioração e as responsabilidades pelos danos.

Posteriormente, em função do excessivo grau de degradação dos referidos trechos da PA-150, fato amplamente comprovável pelo próprio noticiário da imprensa do Estado, via jornais impressos, telejornais, jornais radiofônicos e/ou websites e blogs de notícias, foi tomada a decisão de contratar emergencialmente as obras, visando à segurança dos usuários e a garantia de trafegabilidade desse vital eixo de integração paraense, inclusive em função do inverno, que se aproximava. Certamente, a população teria enfrentado maiores problemas se as obras não tivessem sido executadas, impactando no tráfego daqueles trechos. Especialmente pelo forte período chuvoso que atingiu a região e, agora, vai se encerrando.

A Setran, diante de todo o exposto, está segura de que as decisões tomadas sempre ocorreram em benefício da população e da economia paraenses; afirma que as obras, urgentes e necessárias, foram devidamente executadas, dentro das especificações, prazos e preços de mercado, usualmente contratados; assegura, finalmente, que os contratos emergenciais em tela e suas condições de execução foram objeto de análise nas instâncias jurídicas competentes do Estado do Pará, sendo, assim, balizadas pelas melhores práticas aplicáveis ao momento e ao caso concreto".