Agilidade é crucial no atendimento a pacientes em parada cardiorrespiratória

Em unidades hospitalares, os profissionais da saúde precisam ficar atentos a qualquer mudança no quadro clínico dos pacientes. Uma dessas situações pode ser a parada cardiorrespiratória, considerada a prioridade número um na assistência à saúde, uma vez que o resultado depende da agilidade e eficácia da equipe. Desta forma é fundamental manter os profissionais em constante capacitação.

Em Marabá (PA), no Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), o assunto foi tema de um bate-papo entre enfermeiros, fisioterapeutas e o cardiologista Carlos André Barros Brito. O médico explicou os sinais da parada cardiorrespiratória, suas causas e consequências e os procedimentos a serem adotados segundo as Diretrizes da American Heart Association para Ressuscitação Cardiopulmonar (PCR).

Para a enfermeira Lorena Monteiro, que atua na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, o treinamento foi positivo. 'Precisamos de atualização constante sobre o assunto porque novos protocolos surgem a todo momento e a gente vivencia isso na prática no hospital. Então, este treinamento possibilita que a gente aja de maneira correta e repasse as informações certas para a equipe. Se o profissional não está treinado, a possibilidade de erro é bem grande e as intercorrências acabam surgindo por falta de conhecimento e podem prejudicar a assistência ao paciente. Afinal, a falta de conhecimento nos limita, nos poda, não nos deixa agir da maneira que deve ser', afirmou a colaboradora.

Você sabia?
A parada cardiorrespiratória é a interrupção das atividades cardíacas e respiratórias. Ela pode ser causada por infecções respiratórias, hemorragias, doenças cardíacas, choques elétricos e acidentes, dentre outros motivos. Após a parada, caso o paciente não seja reanimado em até três minutos, a possibilidade de lesão cerebral é grande e, se não for ressuscitado em até dez minutos, a chance de sobreviver é mínima.

Segundo a literatura médica internacional, a cada minuto sem atendimento adequado para uma parada cardíaca, perde-se 10% da chance de sobrevida.