Dar continuidade às ações de controle da
raiva humana no município de Melgaço, no Arquipélago do Marajó, e,
posteriormente, discutir uma ação conjunta entre os órgãos do governo do Estado
e outras instituições para o desenvolvimento de um projeto socioeconômico e
educativo para o município, foi a principal conclusão da reunião entre o Bispo
da Prelazia do Marajó, Dom José Luís Azcona, e o secretário de Estado de Saúde
Pública, em exercício, Arthur Lobo, realizada nesta quinta-feira (24), na sede
da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em Belém.
Acompanhado pelas missionárias da
Comissão de Justiça e Paz da Prelazia do Marajó, Marluce de Jesus Silva e Kátia
Afonso, Dom Azcona disse que “a doença está atingindo a área mais pobre em
Melgaço, o município com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País”.
A missionária Marluce Silva informou os
resultados da Ação Amigos de Jesus, realizada em março deste ano com apoio da
Sespa e diversas instituições parceiras, quando foram identificados vários
problemas de saúde enfrentados pela população rural de Melgaço.
Situação atual - Até esta quinta-feira
já foram confirmados laboratorialmente, pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e
pelo Instituto Pasteur (sediado em São Paulo), cinco casos de raiva humana
entre os 14 notificados sobre a doença em Melgaço.
Das cinco pessoas com diagnóstico
confirmado, três morreram e duas permanecem internadas. Já foram registrados
oito óbitos, mas quatro pessoas não tiveram material coletado para exame.
Quatro pacientes prosseguem internados, em estado grave - três no Hospital da
Santa Casa, em Belém, e um no Hospital Regional de Breves, no Marajó.