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Engenho do Murucutu |
Técnicos da Secretaria Estadual
de Turismo do Pará (Setur) participaram, na manhã desta quarta-feira (13), de
uma visita técnica monitorada e de avaliação da trilha das Ruínas do Engenho do
Murucutu, acompanhados de estudantes da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA) e a professora Gracialda Ferreira. A ação de ecoturismo (ou turismo
ecológico) é uma dentre as várias atividades previstas no acordo de cooperação
técnica firmado entre a Setur e a UFRA. A parceria compreende cooperação
turística, técnica e científica para ações e projetos de pesquisa, capacitação
e extensão em diversas áreas do conhecimento.
“O acordo de cooperação prevê a
catalogação das plantas existentes no local, proporcionando melhor adequação do
espaço para receber a população da cidade e os turistas, entre outras
atividades, como o cultivo de plantas Panc (comestíveis)”, destaca a
coordenadora de Políticas Públicas para o Turismo da Setur, Sônia Arruda.
Na trilha, os participantes
receberam uma aula sobre as riquezas da floresta, no conhecimento de benefícios
de espécies como pimenta de macaco (tratamento de feridas e má digestão),
sementes de morototó (usado para substituir o óleo de cozinha), embaúba
(propriedades diurética, expectorante e cicatrizante), ucuba (espécie ameaçada
de extinção pela exploração de cabos de vassouras e escovões), aningas (usada
na alimentação de peixes), guarimã (fabricação de cestos e paneiros), ucubão da
mata (verniz) ucuuba e breu branco (cosméticos), bromélias (paisagismo), açacu
(látex) e parapará (palito, bijuterias). Em meio a açaizeiros e samaumeiras, a
árvore que se desloca, a paxiúba; e as espécies comestíveis como abuta e chapéu
de sol.
De acordo com a professora
Gracialda Ferreira a atuação conjunta proporciona ganhos econômicos
sustentáveis, desenvolvimento social e preservação ambiental. “A parceria Setur
e UFRA pode trazer resultados positivos para geração de renda e conservação de
recursos naturais. Trabalhar o turismo no meio ambiente, considerando-o como
sistema é o pulo do gato para diminuir os níveis e pobreza e melhorar a
qualidade de vida”, explica.
A trilha teve início com saída do
campus até as Ruínas do Engenho do Murutucu na estrada da Ceasa, no bairro do
Curió-Utinga. No início da trilha, os estudantes orientaram sobre a importância
da manutenção natural do solo na região amazônica, por meio de folhagens secas
e outros elementos naturais que servem como proteção ao solo pouco fértil e
manutenção do ecossistema.
Um dos pontos que podem ser
otimizados na parceria entre Setur e UFRA é o incentivo à criação de
infraestrutura da trilha ecológica com a implantação da Sinalização Turística.
Outros projetos importantes que as duas instituições podem desenvolver são
atividades de fomento ao turismo de base comunitária nos municípios de
Igarapé-Açu, Capanema e Colares. (Texto com a colaboração de José Augusto
Pachêco)
Foto: Ascom Setur/Divulgação