Refil de água mineral evita uso de garrafas plásticas no Parque do Utinga



Mais uma iniciativa importante foi adotada para evitar o descarte de lixo no Parque Estadual do Utinga, em Belém. Os visitantes já podem adquirir refil de água mineral, e assim não precisar usar garrafas plásticas. Os refis estão distribuídos ao longo dos 4 quilômetros de percurso dentro do Utinga e são mais baratos que os recipientes plásticos.

Os visitantes precisam apenas levar suas garrafas e enchê-las em um dos pontos de hidratação, por valores que variam entre R$ 1,00 e R$ 2,00. Quem não levar recipiente próprio, mas não quiser usar descartáveis, pode adquirir um copo reutilizável do Projeto Meu Copo Eco e enchê-lo nos pontos de hidratação. Os copos são duráveis e podem ser guardados como lembrança da visita ao Parque.

De segunda a sexta-feira, apenas os refis de água mineral são comercializados no Utinga, enquanto aos finais de semana e feriados há refis e garrafas de água convencionais. O gerente do Parque Estadual do Utinga, Julio Meyer, informa que a estratégia pretende reduzir ao mínimo a produção de resíduos sólidos – principalmente plásticos – na Unidade de Conservação.

“Quem for fazer sua atividade física, ou simplesmente passear no Parque, poderá se abastecer de água sem poluir o meio ambiente. A medida traz economia para os visitantes e ajuda a preservar o Parque. Mas ela também implica conscientização ambiental e empatia das pessoas, pois todos nós somos responsáveis em manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Proteger a fauna e a flora do Parque é dever de todos”, ressalta o gerente.

As iniciativas, promovidas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), têm a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA) e do Projeto Meu Copo Eco. Além do refil de água mineral e dos copos reutilizáveis, a coleta seletiva e a destinação adequada do lixo também são ações realizadas no Parque, a fim de garantir a conservação da biodiversidade local.

Comportamento - Os resíduos sólidos, quando produzidos em abundância e não descartados de forma adequada, causam diversos problemas ao ambiente, como impacto visual em ruas, praças e parques, e contaminação de lagos, rios e igarapés, além dos efeitos em organismos vivos, destaca a professora e pesquisadora Sury Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

“Os plásticos são os resíduos mais observados nestes ambientes, e sua composição química, derivada de petróleo, é nociva à água, aos organismos aquáticos e aos organismos terrestres”, acrescenta.

A professora reitera, ainda, que diminuir o uso e a produção desses resíduos é um dos primeiros passos para evitar a degradação visual, física e bioquímica do ambiente, e isso requer uma mudança comportamental da população. “Precisamos reduzir o consumo de objetos de ‘uso único’, como canudinhos, garrafinhas de água e copos plásticos. Assim, a disponibilização de refis de água, o uso de copos reutilizáveis, uso de ecobag (sacolas reutilizáveis) são mudanças de hábitos essenciais para o cuidado com o nosso ambiente. É importantíssimo nos conscientizarmos que a produção de resíduos de maneira irresponsável causará prejuízos irreversíveis para o planeta”, diz Sury Monteiro.


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