Pesquisador da UNAMA alerta ainda sobre o conteúdo a ser compartilhado nessas plataformas




A comunicação a serviço da divulgação da ciência é uma realidade e pode trazer novos olhares para diferentes ramos desse saber. Além de apresentarem o trabalho desenvolvido nas academias e revistas de forma clara e simples, as redes sociais possibilitam a discussão das informações e a fomentação do debate. O biomédico, por exemplo, tem 30 áreas distintas de atuação e boa parte delas envolve pesquisas científicas. Com a ajuda da tecnologia, o incentivo à pesquisa pode ser feito ainda nos primeiros anos da graduação de forma mais atrativa.

Para o coordenador do curso de Biomedicina da UNAMA – Universidade da Amazônia, Dirceu Santos, que também é pesquisador, a ciência experimental deve ficar lado a lado com os avanços tecnológicos. “Nós, os pesquisadores mais experientes, viemos de uma época em que os meios de comunicação e divulgação estavam restritos às revistas e anais de congressos. Hoje, a internet representa a principal forma de comunicação. Os jovens, por sua vez, dominam essas novas ferramentas, mas ainda não aproveitam esse recurso para a divulgação científica”, pontua.

Engana-se quem pensa que o maior problema é saber por onde iniciar o estudo. A grande movimentação dos pesquisadores é achar formas de atrair esse novo perfil de acadêmicos. “Nossa intenção é juntar a linguagem científica e os novos meios de comunicação, de tal forma que possamos atingir os acadêmicos e futuros pesquisadores justamente onde eles estão, ou seja, na internet, blogs, Instagram, WhatsApp e assim por diante”, ressalta o coordenador.

A rede também tem suas armadilhas. Nem tudo pode ser publicado e compartilhado. “Nossos alunos são orientados a selecionar as informações disponíveis na rede a partir de suas fontes. Em se tratando de pesquisas que envolvam seres humanos e animais, existe um rígido código de ética que deve ser cumprido para que tais dados tenham validade científica. Uma boa dica é buscar sempre as principais plataformas de pesquisa da área da saúde como a Pub, Med, Scielo e a Med Lini”, ressalta o professor Dirceu.

Um dos métodos que o docente criou para ajudar os alunos a usarem bem as redes sociais, em relação à divulgação científica, foi a interação e participação no Blog do Curso de Biomedicina da UNAMA. “Os alunos ficam estimulados a pesquisar e escrever para o Blog. Mais ainda quando eles descobrem que essas publicações podem ser inseridas na plataforma Lattes e que isso tem valor acadêmico no currículo desses alunos”, finaliza.



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