Prefeitura de Belém paga o 13º salário


A Prefeitura de Belém fará nesta quinta-feira, 20, o pagamento do restante do valor do 13º salário do funcionalismo municipal. A administração do município já havia feito o adiantamento de 30% do valor desse benefício, que foi depositado em maio deste ano nas contas dos servidores.

O custo da folha de pagamento do 13º Salário de 2018 é de aproximadamente R$ 85 milhões. Os valores serão pagos em uma única parcela no dia 20 de dezembro.

Juntamente com o adiantamento de parte do 13º salário, a Prefeitura também fez o reajuste de 3% nos salários dos servidores ativos e inativos do município, definido pela reposição da inflação no período de abril de 2017 a março de 2018, que foi de 2,94%. À época, esse reajuste representou um acréscimo de R$ 2,2 milhões à folha de pagamento do município desde maio deste ano.

O pagamento do funcionalismo em dia, dentro do prazo da legislação legal trabalhista, mostra que a capital paraense mesmo em meio à crise econômica pela qual passa o Brasil e os estados conseguiu manter as contas públicas sob um severo controle financeiro, dentro do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Planejamento - O controle do orçamento municipal faz parte de um planejamento cuidadoso feito ao longo do ano, coordenado pelas Secretarias de Administração (Semad), de Finanças (Sefin) e de Planejamento e Gestão (Segep).

Para a titular da Semad, Evanilde Franco, o planejamento coordenado permitiu que a administração municipal se preparasse para as despesas com o 13º salário. “Tivemos a precaução com o planejamento ao longo do ano inteiro. Seguindo essa planificação, pudemos ter a visão do que poderia ser pago, que despesas poderiam ser feitas. Pudemos ver também onde poderiam ser feitas admissões de pessoal, ver realmente em quais cargos poderíamos abrir mão de contratações e estudar melhor as progressões salariais, além de reduzir gratificações de tempo integral”, explicou a secretária.

“Pagar o 13º em dia demonstra o respeito que a Prefeitura de Belém tem com os seus servidores, não deixando de cumprir esse dever, mesmo que ainda em meio à crise econômica e sabendo que outras prefeituras brasileiras não conseguem manter esses pagamentos em dia. Temos priorizado o pagamento do funcionalismo municipal e não realizamos parcelamento de salários”, destacou Evanilde Franco.

Disparidade - Ter o controle dos gastos do município é resultado de um esforço administrativo que devolveu a Belém as condições de manter as contas em dia. A administração belenense não parcela os salários de seus servidores, como aconteceu, por exemplo, no ano passado, em cidades como Porto Alegre (RS).

Belém e Porto Alegre têm basicamente o mesmo número de habitantes. São cerca de 1,5 milhão de moradores, mas enquanto Belém mantém a folha de pagamento em dia, Porto Alegre, no final de 2017, precisou parcelar o pagamento do 13º de seus servidores, que foi pago em dez parcelas ao longo do ano de 2018.

Em termos de arrecadação, a disparidade entre as duas capitais se mostra maior. Segundo levantamento elaborado a partir de dados disponibilizados pelo Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional (MF/STN), por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), ao final de 2016 Belém teve uma arrecadação de cerca de R$ 605 milhões, enquanto que a capital gaúcha arrecadou em torno de R$ 1,9 bilhão. Ou seja, a Prefeitura de Porto Alegre arrecada cerca de três vezes a mais que Belém.

Transparência - Para fazer o planejamento, buscando o controle de receitas e gastos, a Prefeitura de Belém lança mão de dados que estão no Portal da Transparência. “A informação clara e objetiva do Portal nos levou a ter dados em tempo real e isso melhorou a forma de como gerenciamos esses dados”, apontou Nazaré Costa, titular da Segep.

“Os dados nos permitem ter o controle dos gastos da administração municipal. Nos permitem que saibamos se a receita não está se comportando naquilo que foi planejado, quando precisamos fazer os decretos de contingenciamento e assim ter um controle maior e mais efetivo dos gastos da administração”, detalhou a secretária.