O Complexo de Abastecimento do Jurunas
foi interditado nesta segunda-feira, 07, pela Defesa Civil com base em laudo
recente do próprio órgão e outro feito pelo Corpo de Bombeiros. Ambos apontam
risco de acidentes no interior do mercado. A reforma geral do espaço, que tem
projeto previsto desde 2015, passará por processo licitatório no fim deste mês.
Será a primeira reforma completa desde a fundação da feira há 27 anos.
A coordenadora da Defesa Civil de Belém,
Carol Rezende, explicou que o risco na estrutura é iminente e que a interdição
demonstra a preocupação diante de riscos à vida das pessoas. “Temos um laudo
que atesta possibilidade de acidentes, com possível desabamento da estrutura.
Não podemos deixar as vidas de quem trabalha e circula por este mercado ficarem
expostas a risco de acidentes e, na pior das hipóteses, até de morte. Por isso
a interdição e o remanejamento dos feirantes é urgente”, avaliou Carol.
Enquanto durar a interdição e a reforma,
os feirantes poderão continuar as atividades em uma feira provisória que
começou a ser instalada hoje na área externa. O remanejamento dos feirantes
começará assim que as barracas provisórias estiverem prontas. “A princípio
instalaremos 100 barracas, e gradativamente, vamos instalar o restante para
atender os 290 trabalhadores. As barracas provisórias contarão com cobertura e
instalações elétricas e hidráulicas, de acordo com as atividades dos
feirantes”, afirmou o secretário municipal de Economia, Rosivaldo Batista.
A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb)
é responsável pelos projetos da reforma geral e da feira provisória, além de
fiscalização da obra. Para a titular da Seurb, Annete Klautau, a preocupação
maior é garantir a segurança dos feirantes. “Diante dos riscos, precisamos
remanejar os feirantes e estamos garantindo toda estrutura para que eles possam
continuar trabalhando enquanto a obra for executada”, garantiu a
secretária.
A obra prevê um novo complexo de
abastecimento completamente reformado. A estrutura metálica de sustentação e a
cobertura atual serão removidas para dar lugar a novas estruturas. Os 290 boxes
serão recuperados, assim como piso e banheiros e as instalações elétricas e
hidrossanitárias. Depois de licitada, a obra deve durar cerca de um ano e dois
meses.
“Esse projeto da reforma geral já está
pronto desde 2015 e desde então o prefeito vem buscando recursos para
executá-lo. Já publicamos o edital da obra orçada em cerca de R$ 15 milhões.
Grande parte dos recursos já está garantida junto ao Banco do Brasil”, detalha
a secretária.
Nos últimos seis anos, a prefeitura já
realizou importantes reformas em vários mercados e feiras de Belém, como o
Juruninha, Telégrafo, Carananduba e o mais recente, o Santa Luzia (Sacramenta).