Pacientes menores de 12 anos que precisam de transplante renal poderão fazer o procedimento sem sair do estado do Pará, dentro de alguns meses. Após quatro anos de espera, a Santa Casa de Misericórdia foi autorizada pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, para realizar cirurgia de retirada e transplante de rim no Estado, conforme portaria publicada no último dia 2 de agosto, no Diário Oficial da União.
A portaria é o primeiro passo para implementação do Centro de Transplante Renal Pediátrico no Pará, fruto de uma luta encampada pelos médicos e toda equipe de saúde da Santa Casa, integralmente apoiada pela Comissão de Estudos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que foi criada para dar celeridade ao processo e destravar os impasses para credenciamento da instituição pelo Ministério da Saúde, segundo esclarece o presidente da comissão, o médico e deputado estadual Dr. Galileu (PSC).
“O movimento partiu dos médicos e da equipe da Santa Casa que buscaram junto a Alepa apoio necessário para agilizar o credenciamento. Assim, enquanto profissional da área propus a criação de uma comissão que primasse pela celeridade e eficiência dos processos, afinal o transplante é um procedimento que tem um importante papel social para todos os pacientes que estão nas filas de espera por um órgão”, destaca.
Após várias mobilizações junto às instituições federais, saiu o credenciamento para realizar a cirurgia de transplante de rim na Santa Casa que, a cada dois anos, precisará atender aos critérios estabelecidos pelas portarias regulamentares exigidas, tais como: alvará sanitário, composição da equipe qualificada e as comprovações de serviços essenciais para o funcionamento dos transplantes renais para efetivação do serviço perante o Ministério da Saúde.
Os critérios que habilitam o hospital estão relacionados à instituição e qualificação profissional dos médicos cumprindo os protocolos e realizando treinamentos da equipe multiprofissional que atuam neste serviço “Por ser o maior hospital do Estado, a Santa Casa torna-se apta a realizar transplante de órgãos e ser referência nessa especialidade buscando qualidade e excelência nos números de atendimentos e, consequentemente, na vida do paciente renal crônico, deixando-o “livre” das máquinas de hemodiálise”, reforça Galileu.
Mediante a saída da portaria, os trabalhos serão iniciados já que o documento também delimita a equipe médica autorizada a realizar o procedimento. Além disso, a comissão já atua para avançar em outros serviços. “Com a conquista do transplante renal garantida, vamos iniciar as tratativas para que amplie ainda mais a gama de cirurgias desse tipo”, anuncia o deputado, que também é membro da Comissão de Saúde da Alepa.
