O Brasil é o terceiro país que mais
pensa sobre saúde mental, aponta a pesquisa Global Advisor “World Mental Health
Day 2019” da Ipsos. Sete em cada dez brasileiros (73%) disseram que pensam
sobre o seu próprio bem-estar mental com muita frequência. O resultado só é
menor do que o da Colômbia (76%) e se iguala ao do México (73%). A Rússia (25%)
é o país em que as pessoas estão menos preocupadas com a saúde mental.
“O brasileiro mostra em nosso estudo uma
preocupação maior que a esperada com sua saúde mental, em relação ao restante
do mundo” afirma Fabrizio Rodrigues Maciel, Head de Healthcare na Ipsos.
Já o bem-estar físico preocupa 75% dos
brasileiros. O resultado coloca o Brasil como o 10º país que mais pensa sobre a
questão. Colômbia (87%), México (86%) e África do Sul (85%) são os que mais se
preocupam com a saúde física.
O Brasil também é o segundo que menos
concorda com a afirmação "doença mental é uma doença como qualquer
outra", com 44% de concordância, à frente apenas do Japão com 41%. A
Grã-Bretanha é o país que mais concorda com essa afirmação (76%).
69% dos entrevistados brasileiros acreditam
que as saúdes mental e física são igualmente importantes, mas não enxergam que
haja a mesma atenção do sistema de saúde para ambas. Para 36% dos brasileiros,
o sistema prioriza a saúde física, outros 34% acham que a atenção é a mesma
para os dois e apenas 13% acreditam que a prioridade é a saúde mental.
“Existe consciência de que a saúde no
Brasil é negligenciada pelas autoridades, e quando questionamos separadamente
sobre saúde física e mental, fica evidenciado que a segunda está longe de ser
prioridade para as instituições brasileiras, segundo a população”
Entre os brasileiros, 71% concordam que
é preciso ter uma atitude mais tolerante a respeito de pessoas com doenças
mentais na nossa sociedade. O índice coincide com o de brasileiros que
concordam que ver um profissional de saúde mental é um sinal de força.
No entanto, com 20% das respostas em
concordância, o Brasil é o quarto entre os países que mais acreditam que a
maioria dos adultos diagnosticados com alguma doença mental pode melhorar com o
tempo, sem ajuda médica. O índice é o mesmo para os que acreditam na afirmação
quando o diagnóstico é para crianças.
Segundo o estudo, 13% dos brasileiros
concordam com a afirmação "o aumento dos gastos com serviços de saúde
mental é um desperdício de dinheiro", o que coloca o país em quarto do
ranking, atrás apenas de Índia (27%), Arábia Saudita (25%) e China (21%) e
empatado com a Malásia.