Os resultados do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) serão divulgados em 17 de janeiro de 2020. As notas
individuais poderão ser acessadas pela Página do Participante — no portal ou no
aplicativo do Enem — após login com CPF e senha. Para os “treineiros”, aqueles
que não irão concluir o ensino médio em 2019, o boletim individual será
publicado em março de 2020.
Também em 2020, vem uma grande novidade:
o Enem Digital. No primeiro ano, a aplicação ocorrerá em modelo-piloto. A
implantação será progressiva, com previsão de ser 100% digital a partir de
2026. As primeiras aplicações serão opcionais. Os participantes poderão
escolher, no ato de inscrição, pela aplicação-piloto ou pela tradicional prova
em papel. O modelo digital será aplicado para 50 mil pessoas em 15 capitais do
país.
O Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da
Educação (MEC), é o responsável pela aplicação do exame,
Uso da nota – Com a nota alcançada no
maior exame de acesso ao ensino superior do país, o estudante pode entrar em
uma universidade pública, participar de programas de bolsas e financiamento
estudantil em instituições privadas e até ir estudar em Portugal.
Enem Portugal
Os resultados individuais no exame podem
ser usados nos processos seletivos de 47 instituições de ensino superior
portuguesas, que definem as regras e os pesos das notas, no chamado Enem
Portugal. Os convênios são firmados pelo Inep.
Vale lembrar aos interessados que a
revalidação de diplomas e o exercício profissional no Brasil dos estudantes
formados em Portugal estão sujeitos à legislação brasileira. As instituições de
Portugal são responsáveis por comunicar as regras aos candidatos.
Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
O estudante que participou do Enem de
2019 e quer estudar em uma universidade federal pode realizar a inscrição no
Sisu no primeiro semestre de 2020. Para concorrer a uma vaga pelo programa, é
preciso ter obtido uma nota acima de zero na redação.
Ao efetuar a inscrição, o candidato deve
escolher até duas opções de cursos ofertados pelas instituições participantes.
Ao final, o sistema seleciona os mais bem classificados em cada curso, de
acordo com as notas no Enem e eventuais ponderações, como pesos atribuídos às
notas ou bônus. Caso o desempenho do candidato permita o ingresso nos dois
cursos, prevalecerá a primeira opção, com apenas uma chamada para matrícula.
Ingresso direto
A nota pode ser usada para entrar de
forma direta em uma instituição de ensino superior particular. Para isso, o
estudante não precisa realizar provas nem pagar taxas, apenas se inscrever no
site ou diretamente na instituição de interesse e aguardar o resultado da
seleção. O pré-requisito é que o estudante tenha feito alguma edição do Enem
desde 2010 sem zerar nenhuma das provas.
Programa Universidade Para Todos
(ProUni)
O estudante que estiver de olho em
instituições privadas de ensino superior pode concorrer a bolsas integrais
(100%) e parciais (50%) por meio do ProUni. Para se inscrever na iniciativa, o
estudante que participou de alguma edição do Enem desde 2010 deve ter obtido
média de ao menos 450 pontos e não ter zerado a redação.
Para bolsas parciais, a renda familiar
bruta mensal do candidato deverá ser de até três salários mínimos por pessoa.
Já o benefício integral, exige que o ganho seja de até um salário mínimo e meio
por pessoa. As bolsas são dadas em cima dos valores cobrados na mensalidade de
instituições de ensino privadas.
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)
Com a nota do Enem, o candidato também
pode concorrer a uma vaga pelo Fies. O programa está dividido em duas
modalidades: juros zero a quem mais precisa (renda familiar de até três
salários mínimos por pessoa) e escala de financiamento que varia conforme a
renda familiar do candidato.
Para participar, as regras são as mesmas
do ProUni: o candidato que participou de qualquer edição do Enem desde 2010
precisa ter desempenho de pelo menos 450 pontos média nas provas e não zerar a
redação.
A outra modalidade, o Programa de
Financiamento Estudantil (P-Fies), é para alunos com renda per capita mensal
familiar de até cinco salários mínimos. Nesse caso, o programa funciona com
recursos dos Fundos Constitucionais e de bancos privados participantes.