A maioria do peixe comercializado nos
mercados municipais de Belém voltou a apresentar aumento de preço no mês de
fevereiro. O estudo da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
foi divulgado nesta terça-feira, 10.
“A alta de valor do pescado nesta época
do ano já é esperada por motivo sazonais. No entanto, estamos trabalhando para
garantir uma quantidade suficiente do peixe no período da Semana Santa, a fim
de não haver aumentos abusivos aos consumidores”, destacou o titular da Secon,
Rosivaldo Batista.
Decreto – Na próxima quinta-feira, 12, o
prefeito Zenaldo Coutinho assinará o decreto que dispõe sobre a circulação
intermunicipal do pescado no município de Belém no período de 31 de março a 9
de abril.
O decreto determinará que o
cadastramento dos interessados em realizar o transporte do peixe que chega aos
portos de Belém, principalmente na doca do Ver-o-Peso, para outras localidades
deverá ser feito junto à Secon, com documentos oficiais encaminhados pelas
prefeituras municipais, em que deverão constar o nome do responsável e a placa
do veículo de transporte.
Segundo o supervisor técnico do Dieese
no Pará, Roberto Sena, a medida da Prefeitura de Belém deve garantir a comercialização
do peixe de forma equilibrada. “Somos o maior estado produtor do pescado,
juntamente com Santa Catarina. Por isso, esse é o momento de lucrar com as
exportações sem prejudicar a demanda interna da capital”, disse o economista.
Pesquisa - De acordo com os estudos da
Secon e do Dieese, as espécies com maiores elevações de preço no mês de
fevereiro foram o surubim, com alta de 10,49%, seguido do curimatã, com 10,43%;
do tucunaré, 8,55%; do cangatã, 6,89%; da corvina, 6,46%; da pescada branca, 5,47%;
do aracu, 5,45%; do xaréu, 4,53%; do pacu, 4,47%; do serra, 2,33%; da pescada
amarela, 2,25%; da uritinga, 2,18%; do mapará, 2,13%; da sarda, 2,03%; da
pratiqueira, 1,84%; e da gurijuba, com alta de 1,02%.
Também no mês de fevereiro foram
observados recuos de preços de alguns pescados bastante consumidos pelos
paraenses, com destaque para o camurim, com queda de 14,34%; seguido do
cachorro de padre, com -9,01%; da dourada, -6,47%; do tamuatá, -6,35%; do
bagre, -5,58%; do, cação -5,19%; da
arraia, -3,12%; do filhote, -2,94%; do tambaqui, -2,76%; da piramutaba, -2,49%;
e da tainha, com queda de 2,17%.
Mesmo com o aumento do preço do peixe em
fevereiro, a pesquisa da Secon e do Dieese identificou queda do valor na
maioria do pescado nos últimos doze meses. No período de fevereiro de 2019 a
fevereiro de 2020, os maiores recuos de preços foram verificados na pirapema,
com queda de 26,34%; seguida do cachorro de padre, com -16,24%; do peixe pedra,
-15,23%; da dourada, -13,96%; do camurim, -13,46%; do cangatá, -11,88%; do
tamuatá, -11,48%; do bagre, -10,18%; do aracu -8,83%; da uritinga, -8,22%; do
filhote, -7,46%; da pescada amarela, -6,46%; da piramutaba, -6,38%; do pacu
-6,12%; e do curimatá, com queda de 5,52%.