A Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Semma) transferiu na manhã desta quarta-feira, 29, a Pirarucu fêmea que vivia
no lago artificial da praça da República, em Belém, para o Jardim Zoobotânico
Bosque Rodrigues Alves.
O peixe chegou à praça ainda filhote, e
vivia no lago artificial há cerca de três anos. Por ter um alto valor comercial
no mercado, populares tentavam a captura do animal, e, por este motivo, para
manter a integridade física do peixe, uma força-tarefa foi montada para o
traslado até o Bosque.
"O manejo foi pensado para causar o
mínimo de estresse ao animal e também na nossa segurança, porque a gente sabe
que o manejo de pirarucu é um dos mais perigosos quando se trata de peixe.
Utilizamos uma bomba para diminuir o volume de água do lago, porque a pirarucu
vivia perto de umas pedras, e isso dificultaria na captura”, explicou o biólogo
do Bosque, Tavison Rômulo. “Antes de tudo, deixamos uma caminhonete com uma
caixa com água do próprio lago, para que não sofresse nenhum tipo de choque
térmico”, completou.
Novo lar - As equipes realizaram os
procedimentos adequados para o peixe conhecer o seu mais novo lar, onde vai
receber todos os cuidados necessários. “Agora, vamos analisar o comportamento
do peixe, observar a sua adaptação e a alimentação, para ver se ele vai se
alimentar de forma voluntária, e se sentir em casa. O que deve acontecer entre
8 a 10 dias”, disse a veterinária Ellen Eguchi.
O pirarucu é um dos maiores peixes de
águas doces fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros e seu peso
pode ir até 200 quilos. É um peixe que é encontrado geralmente na Bacia
Amazônica. Seu nome se originou de dois termos tupis: pirá, "peixe",
e urucum, "vermelho", devido à cor da cauda.