Um total de 12,3% das pessoas falecidas
por doenças respiratórias nas capitais brasileiras era residente de outros
municípios que não o de local de sua morte. É o que apontam os números dos
registros de óbitos feitos pelos Cartórios brasileiros no período de 16 de
março a 16 de julho deste ano, disponíveis no Portal da Transparência do
Registro Civil, plataforma administrada pela Associação Nacional dos
Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), e computados a partir de
declarações de óbitos atestadas pelos médicos.
Entre as capitais brasileiras as que
registraram maior movimentação de pessoas não residentes e que vieram a falecer
por doenças respiratórias destaca-se Cuiabá (MT), com 33,3% de casos de óbitos
nesta situação, seguida por Porto Alegre (RS), com 32,9%, Belém (PA), com
19,4%, Goiânia (GO), com 18,7%, e Vitória (ES), com 18,4%. Já as capitais, São
Paulo (11,5%), Rio de Janeiro (8,9%), Curitiba (8,6%) e Brasília (10,5%)
registraram uma movimentação abaixo da média de pacientes oriundos de outras
cidades que vieram a falecer. O percentual em Belo Horizonte (MG) foi de 15,7%.
Quando se analisam apenas os óbitos por
Covid-19, o percentual de mortes de não residentes nas capitais brasileiras é
de 11,87%. Desta vez, Porto Alegre (RS) é quem registrou mais casos, com 40%
dos óbitos, seguida por Cuiabá (MT), com 36%, Recife (PE), com 25%, Palmas, com
24%, e Porto Velho (RO), com 20%. Já as capitais, São Paulo (12%), Rio de
Janeiro (10%), Brasília (14%), Curitiba (11%) e Belo Horizonte (11%)
registraram movimentação próximas a observada na média nacional.
Já os números do total de mortes
naturais no Brasil registraram uma média de 11,3% de pessoas que se deslocaram
para atendimento nas capitais brasileiras, mas vieram a óbito. A análise por
capitais tem novamente Cuiabá à frente dos casos, com 34,3% dos falecimentos
registrados, seguida por Porto Alegre (30%), Recife (21,1%), Belém (19,9%) e
Vitória (19,7%). Já São Paulo (9,7%), Rio de Janeiro (7,8%), Brasília (3,6%),
Curitiba (8%) estiveram abaixo das capitais líderes. Belo Horizonte percentual
de (13,7%).
Entre as causas cardíacas, a
movimentação de pessoas que vieram de outros municípios e que faleceram nas
capitais brasileiras foi de 8,8% do total de óbitos. Nestes casos, que envolvem
mortes por Infartos, AVC e Demais Causas Cardiovasculares, novamente Porto
Alegre registra o maior percentual, 27,2% dos falecimentos, seguida por Cuiabá
(27,1%), Belém (21,8%), Vitória (18,9%) e Recife (18,6%). As capitais de São
Paulo (6,4%), Rio de Janeiro (5,1%), Brasília (15%), Curitiba (5,9%) e Belo
Horizonte (13,6%) apresentam números variáveis em comparação com a média
nacional.

