Outubro Rosa estimula a participação da população no combate ao câncer de mama

 


Outubro é o mês de conscientização para o controle do câncer de mama. A campanha Outubro Rosa, realizada anualmente, tem o objetivo de estimular a participação da população no combate à doença, proporcionando maior acesso ao tratamento, fortalecendo as recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce, reduzindo, assim, a mortalidade.

 A campanha realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) vai capacitar de forma remota, no dia 02 de outubro, os servidores da rede pública de saúde, para implementar as diretrizes de rastreamento do câncer de mama em todas as 26 Unidades Municipais de Saúde (UMS) e 53 Unidades Saúde da Família (USF).

 Cuidados – A recomendação para o exame de mamografia de rastreamento é que seja feito a cada dois anos e em mulheres de 50 a 69 anos, já que esse é o período de maior incidência para o aparecimento da doença. A Sesma também vai intensificar a atenção as mulheres em situação de rua com ações através do Consultório na Rua (CNR).

 “Existe uma diferença entre a mamografia de rastreamento e a diagnóstica. A mamografia é um exame de rotina que deve ser feito anualmente nas mulheres a partir de 50 anos, já a diagnóstica, é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha independente da faixa etária”, explica Camila Cassia, coordenadora da Referência Técnica de Saúde da Mulher da Sesma.

 Depois do câncer de pele, o de mama é o mais comum entre as mulheres no país. No estado do Pará, o câncer de mama é a principal causa de morte de mulheres. Em 2020, Belém já registrou 112 óbitos pela doença em mulheres e dois em homens.

 A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza na rede municipal de saúde, exames clínicos das mamas, consultas médicas e de enfermagem, consultas com equipes dos núcleos de apoio a saúde da família (NASF), orientações nutricionais, além de ultrassonografia mamaria, mamografias e acompanhamento em serviços especializados para controle do Câncer.

 Mesmo com a oferta gratuita dos exames, é difícil atingir a população de mulheres na faixa etária prioritária para prevenção de câncer de mama. Em 2019, apenas 10.077 mulheres nesta faixa de 50 a 69 anos, correspondente a 6,53% do total de mulheres com essa idade na capital, realizaram mamografias de rastreamento. 

Quando os casos de câncer de mama são diagnosticados, as mulheres assistidas pelas unidades básicas de saúde são encaminhadas para a unidade de referência especializada em saúde da Mulher (URE MULHER). Lá elas recebem acompanhamento que as auxilia no enfrentamento da doença.

 A URE atende e acompanha mulheres com alterações orgânicas significativas, que não podem ser tratadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), tendo como objetivo a prevenção e diagnóstico precoce de mulheres com câncer de mama e colo uterino, oferecendo também o serviço de assistência a mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.

 Uma equipe multiprofissional realiza planejamento familiar com a inserção do DIU, exames com diagnóstico por imagem, laboratório citopatológico e anatomopatológico de análises clínicas, ações educativas, consultas de enfermagem, nutrição, serviço social, obstetrícia de alto risco, psicologia, e é referência em mastologia e patologia cervical para o município, e em virtude disso, recebe mulheres dos diversos bairros e de todas as faixas etárias encaminhadas pelos serviços de saúde.

 Os casos mais complexos, diagnosticados com câncer, são encaminhados para o Hospital Ophir Loyola, para consulta e tratamento adequado.