Uma em cada 11 pessoas têm diabetes no
mundo. Endocrinologista fala sobre a importância da prevenção e do diagnóstico
O diabetes se tornou um sério problema
de saúde pública. Uma em cada 11 pessoas têm diabetes no mundo, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, de acordo com a última
atualização da Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 14 milhões de
brasileiros são portadores da doença. Dado que deixa o país em 4º lugar no
ranking mundial. Para a endocrinologista do Hapvida, Natasha Vilanova, a doença
é uma pandemia.
SOBRE O DIABETES
A endocrinologista explica que o
diabetes é uma desordem no metabolismo da glicose, “é uma doença crônica na
qual o corpo não produz insulina, que é o hormônio responsável por controlar a
quantidade de glicose no sangue, ou não consegue empregar a insulina que
produz, adequadamente. Esse nutriente fica em excesso no sangue, isto é,
açúcar. A glicose não atinge as células certas e a partir daí várias complicações
graves podem acontecer.”
Há três tipos de diabetes: diabetes tipo
1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. “O diabetes tipo 1 é autoimune,
geralmente encontrado ainda na infância, adolescência ou em alguns adultos
jovens. O diabetes tipo 2 é o mais comum, conhecido também como diabetes do
adulto, responsável pela maioria dos casos da doença, onde 90% é decorrente de
alterações no estilo de vida, associado a hábitos alimentares inadequados e ao
sedentarismo. Existe também o diabetes gestacional, exclusivamente
diagnosticado durante a gestação. Geralmente se cura após o parto, mas,
mulheres que desenvolvem diabetes gestacional correm o risco maior de
desenvolver o tipo 2. Por isso, é importante o controle tanto durante, como
após a gestação”, orienta a especialista.
Natasha explica ainda que, na grande
maioria das vezes, o diabetes é silencioso, “sintomas clássicos, como
frequência urinária, aumento de sede e de fome, geralmente são mais comuns no
diabetes tipo 1 ou em quadros de diabetes descompensado. Então, o recomendado é
fazer a prevenção através do rastreamento, na população de risco, que são
pacientes com sobrepeso, obesidade e histórico familiar”.
CONTROLE DA DOENÇA
A médica alerta para a importância do
diagnóstico, “quanto mais se demora para diagnosticar e tratar, maiores são os
riscos de desenvolver problemas como infarto, derrame, complicações
degenerativas como cegueira e insuficiência renal e amputações. Por isso, a
prevenção e o diagnóstico precoce são tão importantes.
Uma vez diagnosticado, o tratamento é
feito através da mudança no estilo de vida e terapia farmacológica, que deve
ser de forma periódica. O tratamento, assim como a prevenção, inclui hábitos
alimentares saudáveis, com a orientação de um nutricionista, a prática regular de
atividades físicas, o abandono do tabagismo e o acompanhamento médico
frequente”, finaliza Natasha.