Veja quem teve mais voto do que o último da fila para vereador de Belém. Ganhou, mas não levou.

 


A Câmara Municipal de Belém tem 35 cadeiras. Elas são preenchidas pelos candidatos eleitos pelo povo. Mas, não é bem assim que a coisa funciona. Candidatos que receberam mais votos, não conseguiram se eleger. “A culpa” é do chamado quociente eleitoral. Por isso, teve candidato com muito mais voto do que o último a entrar e que não conseguiu a cadeira.

 Para se ter uma ideia, 41 candidatos que ficaram de fora, conseguiram mais votos do que o candidato Josias Higino (Patriota), com 2.364 votos. O primeiro da lista dos “barrados” foi Rildo Pessoa (PTB) que cravou 7.857 e ficaria entre os dez, se não fosse o quociente eleitoral.

 Muitos famosos em Belém não tiveram a sorte de entrar para a CMB apesar da boa pontuação: Celsinho Sabino PSC, Paulo Queiroz MDB, Vandick Lima PP, Sargento Silvano PSD,  Joaquim Campos MDB, Nemias Valentim PSDB e Zé Augusto PODE.

 Entenda

 O quociente é utilizado pela Justiça Eleitoral para definir os vencedores nas eleições proporcionais, que incluem não só o pleito para vereador mas, também, para deputado estadual e federal.

 O valor é calculado dividindo o número de votos válidos (ou seja, desconsiderando brancos e nulos) pela quantidade de vagas no Legislativo em disputa (Câmara Municipal, Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados). De acordo com a legislação, somente os partidos que atingem o quociente eleitoral têm direito a vagas no Legislativo.

 Para definir quantas vagas serão de direito de cada um dos partidos, o número de votos válidos obtidos pela legenda é dividido pelo quociente eleitoral – cálculo que dá origem ao chamado quociente partidário. O resultado, que despreza casas decimais, corresponde ao número de vagas que será ocupado por representantes do partido.

 As vagas são distribuídas de acordo com a votação nominal dos candidatos pertencentes à legenda, com uma ressalva: só podem ser eleitos candidatos que atingirem, ao menos, número de votos igual ou superior a 10% do quociente eleitoral.

 A partir da eleição deste ano, porém, há a exigência de que os candidatos que ocuparão as vagas devem receber votos numa quantidade igual ou maior que 10% do quociente eleitoral. A regra tenta evitar que os “puxadores de votos” ajudem a eleger candidatos sem qualquer representatividade eleitoral.

 Confira os eleitos que não levaram

 Rildo PessoaPTB

 EduardaPL

 Wellington MagalhãesMDB

Claudia VinagrePSDB

Toré LimaDEM

Wilson NetoPV

AltimáPSDB

Celsinho SabinoPSC

Enfermeira NazaréPSOL

Yan MirandaDEM

Bancada Mulheres AmazônidasPSOL

Pastor ValmirPTB

Marcio SantosPSB

Rubenice MartinsREPUBLICANOS

Andre CunhaPSB

Paulo QueirozMDB

Vandick LimaPP

Dr. Afonso MonteiroPSD

Sargento SilvanoPSD

Nilda PaulaPSD

Dr ElenilsonAVANTE

Vitor MagalhãesPP

MaikennPSB

Michell DuransPSB

Marciel ManãoAVANTE

Simone KahwageCIDADANIA

Joaquim CamposMDB

Prof. Silvia LeticiaPSOL

Toninho SantosPSD

Nemias ValentimPSDB

Paulo PinhoCIDADANIA

Henrique SoaresPDT

Defensor Cássio BitarPDT

Gabriel MoraesAVANTE

Zé AugustoPODE

Pamela MassoudPL

MilenePT

Seu Zé da FarmáciaPODE

Jaime KosminskyPODE

Marcelão MoutaPV

Ellana da Bancada DelasPC do B