Belém foi a capital brasileira com menor PIB per capita em 2018

 


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou ontem, 16, os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios de 2018. O levantamento foi realizado pelo IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, as Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Na comparação entre os PIB’s de todas as capitais brasileiras e Distrito Federal, Belém ficou na 13ª posição, sendo São Paulo e Rio de Janeiro as duas maiores. Porém, quanto ao PIB per capita, um importante indicador da renda do município que mostra a proporção do PIB municipal quanto à população residente, a capital paraense aparece como a última do país, sendo que as três primeiras colocadas foram Brasília, Vitória e São Paulo.

 No Estado do Pará, Belém foi o município com maior PIB em termos absolutos (R$31,5 bilhões), seguido de Parauapebas (R$16 bilhões) e Marabá (R$8,8 bilhões). Porém, quanto ao PIB per capita, a capital paraense ocupou o 21º lugar, com R$21,2 mil.

 Vitória do Xingu, com R$292 mil de PIB per capta, ficou na primeira colocação dentre os municípios do Pará, graças ao elevado valor monetário da energia produzida pela UHE de Belo Monte e a reduzida população do município. A mesma lógica garantiu boas colocações também a outros municípios com grandes projetos econômicos e população de pequeno ou médio porte, como Canaã dos Carajás (R$197 mil) e Parauapebas (R$79 mil) por causa da extração mineral; e Tucuruí (R$67 mil), pela presença da usina hidrelétrica. Já os municípios de Terra Alta (R$6,1 mil) e Cachoeira do Piriá (R$5,4 mil) ficaram nas duas últimas colocações dentro do conjunto de municípios do Pará. 

Belém também está entre as doze capitais brasileiras com PIB’s que representam menos de 30% do agregado de seus estados. Entre essas capitais, Belém é a de menor representatividade, contribuindo com apenas 19,5% do PIB do Pará. Em seguida, Palmas (TO), com 26,4%; e Recife (PE), com 28,1%.

 Pará: capital e interior 

Na lista dos 30 maiores municípios da região Norte em relação ao PIB, Belém aparece em 2º lugar, atrás apenas de Manaus (R$ 78,2 bilhões de PIB ou 20,18% do PIB da região Norte). Também estavam nessa lista Parauapebas (4º lugar, com R$ 16 bi ou 4,13% da região); Marabá (9º lugar, PIB de 8,7 bi ou 2,27% da região); Ananindeua (10º lugar, R$ 7,5 bi de PIB ou 1,94% da região); Tucuruí (11º, R$ 7,4 bi, 1,93% da região); Canaã dos Carajás (12º lugar, R$ 7,1 bi ou 1,83% da região); Santarém (13º, R$ 4,8 bi ou 1,25% da região); Barcarena (14º, R$ 4,7 bi ou 1,22% da região); Vitória do Xingu (16º, R$ 4,3 bi ou 1,13% da região); Castanhal (17º, R$ 3,9 bi ou 1,01% da região); Altamira (20º, R$ 2,7 bi ou 0,70% da região); Paragominas (21º, R$ 2,6 bi ou 0,68% da região); Marituba (27º, R$ 1,9 bi ou 0,49% da região); Itaituba (29º, R$ 1,8 bi ou 0,47% da região); e Redenção (30º lugar, R$ 1,8 bi de PIB ou 0,47% da região). 

Entre os municípios do interior do Pará, destacam-se nacionalmente Parauapebas, considerado município polo na região Sudeste do estado, que em 2018 aparece em 61ª posição na lista dos 100 municípios com maiores PIBs do país, e na lista dos 20 municípios brasileiros de maior participação no valor adicionado da indústria em 2018.

 Também foi destaque o município de Vitória do Xingu, no Sudoeste do Pará, que, graças à já citada produção de energia hidrelétrica, ocupa a sétima posição entre os dez municípios brasileiros.

 PIB’s setoriais

 O município paraense com maior valor adicionado bruto da agropecuária no Pará foi Ulianópolis, com R$ 817 milhões, seguido de Acará (R$ 495 milhões) e São Félix do Xingu (R$ 471 milhões). No conjunto das atividades industriais, Parauapebas foi o município com maior valor adicionado bruto, com R$ 11 bilhões, seguido por Tucuruí (R$ 6,2 bilhões) e Canaã dos Carajás (R$ 5,4 bilhões). Neste indicador, Belém ocupou o 5ª lugar (R$ 3,8 bilhões). 

Os dados completos Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios de 2018 estão disponíveis para consulta pública em www.ibge.gov.br.