Indústria paraense foi o setor que mais gerou empregos em todo o Norte do Brasil

  


O emprego formal na indústria paraense continua crescendo e, só nos primeiros dez meses de 2020, foram gerados cerca de seis mil novos postos de trabalho, o melhor resultado de toda a região Norte. Os dados são de um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) com base em informações oficiais do Ministério da Economia segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em outubro, pelo quinto mês consecutivo o saldo foi positivo entre admitidos e desligados: 1.636 vagas criadas, também o melhor desempenho regional. 

"Importante ressaltar que quem investe no campo da indústria prefere espaços de investimentos que possam formar uma estrutura logística adequada, que possam ofertar uma gestão fiscal sólida e estruturada. O Estado tem uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) dedicada aos espaços de diálogo, incentivo proteção e crescimento da indústria, e esse espaço, dentro da agenda pública, é fundamental para que cada vez mais nós tenhamos aqui a vinda de vários empreendimentos. O Pará é destaque na região Norte para investimentos por conta de sua nota de crédito e capacidade, inclusive de gestão fiscal", complementa. 

José Evangelista mora na Terra Firme e é, hoje, pedreiro nas obras do BRT Metropolitano. Ele estava há um ano desempregado. "Dá para pagar as contas e manter a casa. É uma obra que vai beneficiar muita gente, vai ficar bonito", comenta.

 Magailson Pinheiro é ajudante de pedreiro e trabalha junto com José há quatro meses. "Tá sendo bom, né, bem melhor do que eu esperava. Veio em boa hora, estava há muito tempo desempregado", conta ele, que sempre trabalhou na construção civil, e vai ser pai pela primeira vez. "Vai ser legal depois passar aqui com meu filho, neto e contar que eu ajudei a fazer. Dá orgulho", admite. 

O diretor do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), Eduardo Ribeiro, confirma que obras de infraestrutura, por serem muito grandes e demandarem muitos trabalhadores, acabam provocando esse impacto positivo na empregabilidade. "Engenheiros, operadores de máquina, quem mexe com linha d'água, meio fio, são atividades que requerem muita de mão de obra. Tem ainda a rede de energia elétrica que precisa contratar mais gente para os remanejamentos, assim como as empresas de telecomunicação. Mexe com uma cadeia de produção muito grande", observa.