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Crédito: Ascom / Emater |
Um plano de inovação da cadeia de
suprimento de Castanha do Brasil está em andamento desde o início de dezembro,
como parte de ação realizada em parceria entre a Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Embrapa e Fundação Jari. O
objetivo é estruturar um processo de inovações tecnológicas e estratégias de
mercado para a Castanha do Brasil, um dos principais produtos florestais não
madeireiros de exportação brasileiros. O plano abrange desde a produção,
distribuição e beneficiamento, até a comercialização do produto ao consumidor
final.
Uma das etapas que já está sendo
planejada é a plantação, nos próximos três anos, de 2 mil hectares de
castanheiras em cinco município da região do Baixo Amazonas (Alenquer, Óbidos,
Oriximiná e Santarém) e na região conhecida como Vale do Rio Jari, que abrange
o município paraense de Almeirim e os amapaenses de Laranjal do Jari, Mazagão e
Vitória do Jari.
Para o supervisor da área de prospecção
de impactos da Embrapa Amapá, Walter Paixão, os resultados mais expressivos
poderão ser colhidos em duas décadas, mas em menos de 10 anos já será possível
ver os frutos.
"A castanha é o principal produto
florestal não madeireiro para essa região. Em 2019, foram produzidas 5 mil
toneladas, o que, em valores, gira em torna de 30 milhões de reais provenientes
da comercialização do produto in natura. Como a castanheira é um cultivo de
logo período de maturidade, acreditamos que com 8 a 9 anos essas castanheiras
plantadas comecem a produzir e, em 20 anos, esperamos dobrar a produção de
castanha nessa região, que é umas das principais do país", explica Walter.
Segundo Elinaldo Silva, coordenador do
Escritório Local da Emater em Almeirim, a parceria para o Plano de Inovação da
Cadeia de Suprimento está voltada para o desenvolvimento e implantação de
tecnologias e reúne um conjunto de esforços com a extensão rural, pesquisa e
iniciativa privada entre três instituições que já tem um histórico de
parcerias.
"A Emater tem parceria com a
Fundação Jarí, a qual já trabalhamos juntos vários anos, e a Embrapa, com o
qual temos um termo de cooperação técnica formalizado", explica Elinaldo,
que detalha como é o trabalho da Emater na região.
"A Emater vem trabalhando com a
castanha há mais de 25 anos e sempre em parceria com a Fundação Jarí, e agora
recente com a Embrapa, a qual atua na nossa região, e hoje temos ações em
conjunto voltada para castanha. Somo pioneiros em levar políticas públicas,
incentivos ao créditos rurais e organização das associações para os
extrativistas da região. Nosso papel neste processo de expansão da cultura da
castanha é decisivo para buscarmos a nossa meta que é de plantar 500 hectares
de castanha" - Elinaldo Silva, coordenador do Escritório Local da Emater
em Almeirim.
A expectativa é que o Plano de Inovação
da Cadeia de Suprimento de Castanha do Brasil para o Vale do Jarí e Baixo
Amazonas seja colocado em prática a partir de janeiro de 2021.