Uma das importantes etapas do projeto de requalificação da BR-316, que tem como objetivo implantar o sistema integrado de ônibus na Região Metropolitana de Belém, é a construção do corredor exclusivo do BRT Metropolitano. No canteiro central, serão 21.6 km de pavimento rígido - estrutura adequada para o modal - que iniciam esta semana dentro do cronograma das obras executadas pelo Governo do Pará, por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
A construção será dividida em três trechos a fim de minimizar os transtornos aos usuários da BR e ocorrerá ao longo dos primeiros 10.8 km da via. O primeiro será entre o viaduto da Mário Covas e a altura do KM 7, próximo ao Instituto Evandro Chagas (IEC).
Durante o serviço, serão interditadas duas faixas da rodovia, uma em cada sentido. Por conta disso, o NGTM planejou que a etapa fosse dividida por trechos de 500 metros a fim de evitar extensos pontos de estrangulamentos e tentar minimizar os transtornos.
Nesta quarta-feira (1º), a área em obras
começou a ser sinalizada, incluindo o remanejamento das barras de concreto e
conta com o apoio de agentes do Departamento de Trânsito do Pará (Detran) na
orientação aos motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas que trafegam ao
longo da via. A expectativa é que até o início da próxima semana, operários e
máquinas estejam em atividade no local.
"O pavimento rígido é uma faixa de circulação de ônibus do sistema BRT mais resistente, onde o ideal é que não sofra muitas oscilações, ao contrário do pavimento flexível, mais sujeito às oscilações devido ao revestimento de asfalto. Por isso, se prepara o terreno, aplica-se algumas bases até receber o concreto. Existe uma padronização do concreto utilizado no pavimento rígido como norma do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes]. Além disso, é uma etapa de obras em que dá um aspecto visual à construção do BRT", explica o engenheiro Alberto Matta, diretor de obras do NGTM.
Paralelo à construção do corredor, novas
equipes estão sendo formadas para dar andamento a outros trabalhos. Já está em
andamento o segundo lançamento de drenagem. Ao todo, o trecho do projeto
receberá cinco pontos, serviços que antecedem a drenagem a fim de reduzir os
alagamentos na via e dar o devido escoamento das águas pluviais. Ainda para
este mês de dezembro, estão previstos a retomada das obras do viaduto de
Ananindeua e terminais de integração, Ananindeua e Marituba. Também deverá ocorrer
a fundação de outras passarelas para pedestres, como na altura do KM 10,
próximo à avenida Independência.