Belém participa de levantamento epidemiológico sobre a saúde bucal


 A partir desta semana, a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), visita domicílios de bairros e distritos da capital paraense para saber como está a saúde bucal da população. As visitas serão feitas por equipes da referência técnica em saúde bucal do órgão municipal de Saúde. 


 Durante as visitas, os técnicos realizarão um levantamento epidemiológico para identificar as doenças bucais mais prevalentes entre os belenenses. A ideia é examinar cerca de 1.400 pessoas em Belém. A visita às residências, inicia nesta quarta-feira, 13, pelo bairro do Guamá e segue até o mês de junho. 

 O levantamento faz parte Projeto Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) conduzido pela Coordenação-Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, que caracteriza as condições dentárias da população brasileira. O “SB Brasil 2020 (Vigência 2021-2022)” marca a continuidade de pesquisas feitas em 2003 e 2010, consolidando assim uma série histórica. 


 A iniciativa contribui para o avanço de estratégias de avaliação e planejamento dos serviços, ao mesmo tempo, que fortalece um modelo metodológico e fixa um campo de atuação do componente de vigilância à saúde, como preconiza a PNSB – Brasil Sorridente. 


 Segundo a coordenadora da Referência em Saúde Bucal da Sesma, Ceci Baker, o estudo se propõe a identificar doenças mais prevalentes na população, como cárie dentária, doenças periodontais, necessidade de próteses dentárias, condições de oclusão, traumatismo dentário e o impacto dessas doenças na qualidade de vida das pessoas. 


 “Esse levantamento foi pactuado para o ano de 2020, no entanto teve sua execução estendida para 2021 e posteriormente para 2022, em decorrência da Pandemia Covid-19”, destaca Baker.  

 O levantamento acontecerá em todo o país e pretende alcançar, aproximadamente, 50 mil pessoas em 422 municípios, dentre eles Belém. O levantamento será feito por amostragem e comporta brasileiros residentes em domicílios particulares permanentes, localizados em regiões urbanas de todo o território nacional. Serão entrevistadas e examinadas em suas casas pessoas com idades de 5 anos e de 12 anos, além de grupos etários de 15 a 19 anos, 35 a 44 anos, 65 a 74 anos. 


 “Essa pesquisa é imprescindível na construção de um panorama das condições de saúde, sendo uma ferramenta chave  no planejamento em saúde, assim como outros quatro grandes levantamentos nacionais sobre o perfil epidemiológico em saúde bucal da população brasileira, têm relevância na construção de uma base de dados consistente”, reforça Baker. 


 Inovação - O levantamento deste ano inova em relação aos anteriores ao utilizar ferramentas digitais no treinamento da equipe de campo, o que reduz a necessidade de deslocamentos presenciais para a realização da pesquisa. A novidade tem perspectiva de racionalizar e otimizar recursos educacionais e financeiros. O material desenvolvido ficará disponível para uso e apoio aos municípios e estados que desejem realizar suas próprias pesquisas. 


 A equipe de campo é formada por um examinador (cirurgião dentista, preferencialmente de equipe da Atenção Primária à Saúde - APS), anotador (profissional de equipes de Saúde Bucal da APS) e arrolador (agente de endemias comunitário de saúde, ou outro profissional da APS, que conheça o território para a busca ativa por domicílios nos setores censitários). A equipe que visitará as residências será toda identificada por meio de crachás, bonês e coletes do programa.