A capital paraense é quem lidera o ranking. De janeiro a março deste ano, Belém registrou 192 casos de falta de energia elétrica devido ao uso de pipas, de forma irregular, ou seja, próximo aos fios. Santarém aparece em segundo lugar, com 147 registros. Em outras cidades polos como Marabá e Castanhal, os números correspondem a 41 e 37, respectivamente. Os altos índices envolvendo uma das brincadeiras preferidas, principalmente da garotada, assusta a Equatorial Pará que desenvolve, ao longo dos anos, um trabalho de orientação para o uso correto dessa brincadeira. Entre as principais está a de empinar pipas longe de rede elétrica, em locais livres onde não exista nenhum tipo de cabo de energia.
Conforme ainda levantamento da
distribuidora, até mesmo no período de isolamento, por conta da pandemia
causada pela covid-19, os paraenses não deixaram de sofrer com a falta de luz
decorrentes das pipas na fiação elétrica. Em 2020, por exemplo, foram 7.993
ocorrências. Em 2021, o número aumentou para 8.959, em todo o Estado.
– Não solte pipas em canteiros centrais
de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;
– Linhas metálicas não devem ser usadas
no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são
proibidas por lei e causam acidentes;
– Não utilize papel alumínio na
confecção da pipa. É perigoso, pois este material em contato com os fios
provoca curtos-circuitos;
– Caso a pipa enrosque nos fios, é
melhor desistir do brinquedo. Tentar recuperá-la representa sério risco, assim
como tentar remover a pipa com canos ou bambus;
– Não solte pipa em tempo nublado,
principalmente se tiver com chuva. Ela pode funcionar como para-raios,
conduzindo energia;
– Não é indicado subir nas lajes das
casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;
– Tenha cuidado com ciclistas e
motociclistas, pois as linhas não podem ser vistas e linhas de cerol ou
reforçadas podem causar graves acidentes.