HC estimula a higienização das mãos com expressões paraenses

Celebrado na quinta-feira (5), o Dia Mundial da Higienização das Mãos criado pela Organização Mundial de Saúde, em 2009, objetiva lembrar a importância do hábito na área da saúde, principalmente, em ambientes hospitalares, onde as mãos figuram historicamente entre os principais vetores de infecções.

 Apesar de fazer parte das rotinas assistenciais, a higienização das mãos correta requer uma sequência de sete passos a ser seguida. Daí a necessidade da realização de campanhas recorrentes sobre o tema. Na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, as ações de sensibilização iniciaram nesta quarta-feira (4), com uma apresentação especial do cantor paraense Nilson Chaves.

 Para este ano, as principais mensagens da campanha como momentos para higienizar as mãos, cuidado seguro e prevenção a infecções foram adaptadas ao linguajar paraense e o paciente virou "maninho", a água com sabão - ideal quando houver sujidade visível nas mãos - agora também é "tiro e queda contra tuíra e pitiú, além de vírus e bactérias". 

Integrante da equipe de Comissão de Controle de Infecções Hospitalares da Fundação, a médica infectologista Larissa Luz ressaltou os objetivos da escolha do tema da campanha e os "desafios de abordar o tema" de forma constante ao longo do ano.

 "A higienização das mãos é a principal medida, a mais efetiva e a de menor custo para o controle de infecção em ambiente hospitalar. Fazemos um trabalho constante nesse sentido e, nesta campanha, nossa equipe trouxe uma abordagem com a qual pudéssemos nos identificar, valorizar nossa cultura e nossa forma de falar que é única e motivo de muito orgulho", destacou Larissa.

 Resultados

 Entre os anos de 2018 e 2020, tempo em que participou do projeto "Saúde em nossas mãos: melhorando a segurança do paciente em larga escala no Brasil", juntamente com outras 100 instituições de saúde do país, a Fundação conseguiu evitar, pelo menos 75 infecções relacionadas à assistência à saúde associadas ao uso de dispositivos como ventilação mecânica (tubo); acesso venoso central (cateter para infusão das medicações dos pacientes); sonda vesical (para excretar a urina), gerando uma economia superior a R$ 2,600 milhões.

 Com aprendizado obtido após a participação no projeto, a Fundação vem ampliando a realização de ações de sensibilização nas unidades de terapia intensiva, com foco na capacitação das equipes que atuam nas áreas neonatal, pediátrica e coronariana. Nesta última, o monitoramento mais recente feito pela Fundação aponta para três meses consecutivos sem registro de infecções.

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