Raimundo Calandrino, Marcelo
Lobato e Gilvan Tavares são três artistas visuais paraenses que abrem nesta
sexta-feira (9), às 19h, a exposição “Recorte Possível” na Galeria Theodoro
Braga, da Fundação Cultural do Pará. A mostra reúne mais de 20 obras, entre
desenhos feito a partir do carvão pelo artista Raimundo Calandrino Júnior, da
técnica mista de pintura e desenho assinada por Marcelo Lobato e pinturas do
artista Gilvan Tavares. As obras estarão expostas até o dia 30 de setembro, no
horário de 9h as 17h. Raimundo Calandrino Júnior conta
como surgiu a ideia dos três amigos se unirem a apresentarem um trabalho
coletivo. “Essa exposição acabou surgindo de uma conversa entre os três e já
que tem essa questão do recorte, rolava sempre detalhes do trabalho de cada
um”, comenta.
Os três são instrutores do Curro
Velho e a amizade vem deste trabalho desenvolvido junto às crianças, jovens e
adultos atendidos nas oficinas da instituição. “O recorte é uma características
do trabalho dos três. Eu, por exemplo, trabalho com pedaços de materiais de
embarcações, o Gilvan com detalhes que desenvolvia nas oficinas e o Raimundo
com as características da Vila da Barca, de onde é morador", comenta Marcelo
Lobato, sobre o processo de criação de cada um.
Marcelo Lobato é artista visual e
propõe em suas obras uma janela silenciosa para um momento de serenidade
inusitada. As obras pontecializam a vida dos navegantes, trabalhadores
ribeirinhos, conhecedores dos caminhos dos rios que circundam nossa cidade.
“São pinturas, um recorte preciso que se equilibra nas imagens, assim como o
colorido peculiar de nossas embarcações que iluminam as águas barrentas da baía
do Guajará”, descreve.
Marcelo Lobato é audodidata e se
aperfeiçoou nos cursos de gravura, pintura e desenho. Há 25 anos atua como arte
educador ministrando cursos na área de desenho, pintura, gravura, papietagam e
restauração. Participou de salões como Arte Pará, onde ganhou o Prêmio
Revelação e Prêmio Aquisição. Tem no currículo 45 exposições coletivas e 17
individuais e seu trabalho já foi exposto em Brasília, Portugal e Espanha.
Gilvan Tavares utiliza a técnica
mista e suas obras remetem uma emaranhado revelador, estabelecendo um fluxo
entre linhas e cores. Gilvan participou de oito exposições premiadas em vários
salões de Arte, como o da Marinha, Aeronáutica e Arte Pará, entre outros. Jà
Raimundo Calandrino tem como inspiração a paisagem e a afetividade que tem com
a Comunidade da Vila da Barca. São impressões que registram rastros
arquitetônicos da vivência à margem da Baia do Guajará.
A Mostra “Recorte Possível” de
Marcelo Lobato, Gilvan Tavares e Raimundo Calandrino integra o Edital Pauta
Livre, da Fundação Cultural do Estado do Pará.