O Pará registrou no mês de agosto
quase cinco mil focos de queimadas espalhados por 119 municípios, segundo o
Boletim de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais divulgado pela
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Os números, contudo,
apontam uma queda com relação ao mesmo período do ano passado, quando mais de
oito mil focos de incêndio foram registrados no estado. Segundo o levantamento,
um dos fatores que explicam a redução de queimadas foram as mudanças nas
condições oceânicas, como o enfraquecimento do El Niño – fenômeno natural que
causa o aumento anormal das temperaturas superficiais das águas do oceano
Pacífico.
Ainda segundo dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os municípios paraenses de Altamira
(913 focos), Novo Progresso (725 focos) e São Félix do Xingu (589 focos) são os
que apresentaram maior ocorrência de focos de queimada e incêndio florestal no
período, seguidos por Jacareacanga (426 focos), Itaituba (297 focos) e Cumaru
do Norte (114 focos).
O levantamento também mostra que
a região metropolitana de Belém e o extremo da Calha Norte apresentaram um
volume de chuvas acima da média esperada para o período. Já no sul e sudoeste
do estado o volume de chuvas foi intenso, mas dentro do esperado. Nas demais
regiões do Pará o índice pluviométrico ficou abaixo do normal. A Semas alerta
que as queimadas que destroem florestas são consideradas crime ambiental e
podem resultar em multas a partir de R$ 5 mil por hectare.