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| Terminal de Ponta da Montanha deve movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas de grãos - Foto Cristino Martins - Ag.Pará |
O primeiro projeto de 2016 a
contar com financiamento do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) acaba de
ser confirmado. Vinculada ao Ministério da Integração Nacional, a
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) concluiu as etapas
necessárias à concessão de R$ 77 milhões para a ampliação do Terminal de Grãos
Ponta da Montanha (TGPM), localizado no Porto de Vila do Conde, em Barcarena
(PA). Com isso, a expectativa é de que as futuras instalações entrem em
operação ainda em 2016 e contribuam para dar novo impulso à cadeia produtiva de
agronegócios e desenvolvimento regional.
A consulta prévia para o novo
financiamento recebeu aprovação da Sudam em julho e foi recepcionada em seguida
pelo Banco do Brasil, que é o agente financeiro da operação. Nesta semana, o
superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia, confirmou a conclusão da
tramitação. Segundo Correia, a agilidade nos procedimentos foi possibilitada
pela ação desburocratizante do Grupo de Trabalho da Superintendência, criado em
junho deste ano pelo Ministério da Integração Nacional para estimular o
desenvolvimento da região Norte.
O GT debate temas e estratégias
para ampliar os investimentos dos Fundos Regionais, entre eles ações para
garantir que os planos de aplicação dos recursos estejam adequados à situação
econômica das regiões atendidas; a aceleração da redistribuição dos recursos e
como assegurar que estes sejam aplicados em empreendimentos do setor produtivo.
Outra medida foi aumentar o apoio a projetos de infraestrutura com recursos dos
Fundos Regionais.
Terminal
de Grãos Ponta da Montanha
O Terminal de Grãos Ponta da
Montanha é de uso privado, sob responsabilidade de uma parceria entre a empresa
suíça Glencore e a norte-americana Archer Daniels Midland (ADM), que opera mais
de 270 fábricas de alimentos em todo o mundo e está em atividade no Brasil
desde 1997. Especializado na movimentação e expedição de granéis vegetais, como
soja e milho, o TGPM entrou em funcionamento em setembro de 2014 e tem
capacidade para movimentar 1,5 milhão de toneladas/ano.
Com o novo aporte de recursos,
será possível ampliar as operações do terminal ainda no final deste ano. A
ideia é expandir a área portuária, a fim de elevar a movimentação de cargas
para seis milhões de toneladas/ano. A expansão das instalações deverá também
aumentar em 33% o número de pessoas empregadas no terminal, passando de 126
para 168 trabalhadores.
De acordo com os dados da
Secretaria de Portos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil,
existem 14 Terminais de Uso Privado em operação no Pará e outros seis receberam
autorização para operar no estado após a nova Lei dos Portos, de 2013. A
expectativa é de que ocorra um aporte de R$ 850 milhões em novos investimentos
na região. Além disso, 20 áreas dentro do porto público fazem parte do Bloco I
de arrendamentos e serão licitadas após a liberação dos estudos por parte do
Tribunal de Contas da União.

