O diretor do Grupamento Fluvial
(Gflu) da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, delegado
Dilermando Dantas Júnior, confirmou que o amazonense João Bosco Marinho
Hortêncio é o proprietário dos 1.800 m³ de toras de madeira, de várias
espécies, apreendidos na madrugada de domingo, 23, sobre duas balsas, no local
conhecido como “Boca do Furo do Carnapijó”, às proximidades da cidade de
Barcarena. As balsas “Margarida” e “Araguiano”, além do empurrador (ferryboat)
“Giordana Hortêncio”, foram interceptados por um grupamento da Polícia Militar
da Companhia Fluvial e encaminhados para a sede do Gflu, na rodovia Artur
Bernardes.
“Ele se apresentou como locatório das balsas e dono do ferry boat
(empurrador), disse que a madeira era dele, que teria comprado no Xingu, em
frente à cidade de Porto de Moz. Deu o nome da pessoa de quem comprou, Haroldo
Sabóia. E disse que estaria trazendo para São Miguel do Guamá”, disse o
delegado. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas)
está responsável pela armazenagem da madeira e a Capitania dos Portos apreendeu
as duas balsas, que ficarão retidas até a conclusão do inquérito. A Semas
aplicou um Auto de Apresentação e Apreensão ao dono da madeira. Três pessoas já
prestaram depoimentos sobre o transporte irregular da madeira, que saiu de
Porto de Moz com destino à cidade de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense.
Dentre elas, Natanel Soares da Costa, comandante do empurrador. Até o final
desta semana, uma quarta pessoa vai prestar esclarecimentos sobre a origem das
toras, que não possuem qualquer documentação. A pena prevista para o crime
ambiental é de seis meses a um ano de reclusão. As pessoas envolvidas assinam
um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e irão responder em liberdade.