Incidente ocorreu na terça, 18 - embarcação se chocou com a estrutura - Foto PC/PA |
Nesta terça-feira, a Polícia Civil vai ouvir o
depoimento do proprietário da balsa que se chocou contra a proteção dos pilares
de sustentação da Alça Viária, ponte que dá acesso à cidade de Moju, distante
cerca de duas horas de Belém. O incidente ocorreu na tarde da terça-feira, 18,
quando a embarcação que transportava toneladas de serragem, supostamente
desprendida de um ancoradouro devido a maré alta, se chocou com a estrutura. De
acordo com o delegado João Bosco Fagioli, responsável pelo inquérito para elucidação
do caso, inicialmente em 30 dias será expedido o laudo do Centro de Perícias
Científicas (CPC) “Renato Chaves”.
"Na próxima semana, a Polícia vai ouvir
o dono da balsa, o senhor Hermínio. Trabalhamos para saber se houve
responsabilidade civil ou criminal. Se houve realmente intenção, o dolo”,
disse. Por volta das 20h desta quinta-feira, 20, os peritos do CPC estiveram na
Alça Viária para avaliar os danos, a gravidade do baque e as possíveis causas.
A informação fornecida pela Polícia Civil, em Moju, é de que a empresa Jari
teria contratado o serviço de transporte da serragem que, por sua vez,
subcontratou a balsa para o trabalho. As responsabilidades ainda serão
investigadas. Algumas pessoas já foram ouvidas, dentre elas o dono da serraria,
Clóvis Luis Dallagnor.
O choque ocorreu por volta das 13h. Segundo o
comandante do 29º Grupamento de Bombeiro Militar, capitão Orlando Farias, a
balsa de aproximadamente 50 metros de comprimento e de propriedade de empresa
amazonense TLL Manaus, foi interceptada por uma equipe de sete bombeiros
militares, que estava em lancha e num rebocador. Eles evitaram o impacto maior
com o pilar central. Na vazante, a maré estava forte durante a operação.
"Ela estava desgovernada e mais pesada ainda por conta da serragem. Freamos
ela próximo ao pilar e graças a Deus bateu apenas a proteção dos pilares",
disse Farias.
Assim que souberam que a balsa se deslocava em
direção à Alça Viária, capitão Orlando Farias e os demais bombeiros, juntamente
com agentes do Departamento Municipal de Trânsito de Moju, interromperam a
passagem de veículos sobre a ponte. Por segurança, a área foi isolada também
para fluxo de qualquer embarcação. O trânsito foi liberado após 30 minutos.