Uepa vai sediar Instituto Confúcio no norte do Brasil

Aula de Kung fu chinês na Praça Brasil - Foto Ascom/UEPA

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) lançará em Belém, nesta terça-feira (25), o Instituto Confúcio. Fruto de uma parceria com a Universidade de Shandong, na China, o Instituto ofertará cursos de mandarim (considerado o idioma oficial da República Popular da China) e bolsas para alunos da instituição, além de estreitar laços com o país que registra o maior índice de crescimento econômico atualmente. A cerimônia de lançamento terá dois eventos: o primeiro, no prédio onde funcionará o Instituto, às 15h30, e o segundo na Estação das Docas, às 18h. A sede do Instituto Confúcio será no prédio da Editora da Uepa (Eduepa). As aulas das primeiras turmas iniciarão em junho de 2017. O objetivo é difundir a língua e a cultura chinesas ao redor do mundo, à medida que a importância econômica e estratégica da China aumenta. A Uepa será a primeira instituição de ensino superior a sediar o Instituto no norte do Brasil. Uma comitiva de chineses virá a Belém participar do lançamento, incluindo dois representantes da Embaixada da China no Brasil; dois jornalistas; o reitor da Universidade de Shandong, Tang Bo, além de diretores, pró-reitores e um grupo de 22 alunos e professores do Departamento de Artes do Instituto, que farão apresentações de danças típicas durante a cerimônia. Todos eles participarão dos dois eventos inaugurais, e incluirão na agenda uma visita à Reitoria da Uepa, às 9h.

Intercâmbio

Inicialmente serão oferecidas 15 bolsas para estudantes da Uepa, de graduação, mestrado e doutorado. Para a professora do Instituto, Xu Mengze, as bolsas construirão pontes entre as instituições. “Além do ensino da língua e da difusão da cultura, o objetivo é estabelecer parcerias entre universidades. No próximo ano, vamos mandar estudantes nossos para estudar e os estudantes brasileiros poderão frequentar cursos na nossa universidade, na China. Vamos oferecer bolsas, que incluam residência e alojamento”, informa Xu Mengze.

Potencial - O vice-diretor do Instituto Confúcio, Pang Hui, acredita que as parcerias com o Brasil são importantes pela proximidade de interesses entre os dois países. “China e Brasil são dois países muitos grandes e com potência econômica muito forte. Através dessa relação acadêmica e institucional vamos estabelecer cooperações econômicas, nas ciências e em outras áreas. No norte do Brasil nós somos o único Instituto Confúcio. Ligamos dois países, duas universidades, duas cidades”, reitera.

O reitor da Uepa, Juarez Quaresma, afirma haver potencial nessa parceria, sobretudo para o desenvolvimento da região. “Esse acordo de cooperação é de interesse do Estado do Pará. Cada vez mais os negócios com a China têm se expandido no Brasil, e o Pará tem vários interesses comuns com a China. Esse Instituto nos interessa para o desenvolvimento do nosso estado, por meio do ensino da língua e da cultura chinesa, com o objetivo de estreitar os laços entre os dois países”, afirma o reitor. A parceria envolvendo a Uepa já vinha sendo discutida entre o Governo do Pará e representantes do Instituto Confúcio há cerca de três anos. O acordo foi efetivado em 2014, quando o Governo Federal e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram um acordo para a instalação de sedes do Instituto no Brasil.