A aplicação da toxina botulínica,
popularmente conhecida como Botox, usada em clínicas de estética para combater
os sinais do envelhecimento, ganhou outra funcionalidade no Ambulatório de
Neurologia do Centro Saúde Escola (CSE), da Universidade do Estado do Pará
(Uepa). A substância vem sendo utilizada no tratamento de pacientes com
distonia e espasticidade. A distonia causa contrações musculares dolorosas, já
a espasticidade altera os tônus musculares, em geral resultado de acidentes
vasculares cerebrais, traumatismos e casos de paralisia cerebral.
Os benefícios do Botox para estes
tratamentos são comprovados cientificamente. A substância faz com que ocorra o
relaxamento da musculatura. O efeito dura cerca de quatro a cinco meses, sendo
necessária nova aplicação após esse período, sem efeitos colaterais sensoriais,
nem cognitivos. Nesta terça-feira (6), houve um mutirão de
aplicação da toxina botulínica em 23 pacientes, entre crianças e idosos,
cadastrados e já atendidos no Ambulatório de Neurologia do CSE.
Os procedimentos foram realizados
no próprio Ambulatório e monitorados pelos neurologistas Emanuel de Jesus
Soares de Sousa, Bruno Lopes Santos Lobato, Celina Claudia Israel Sefer e pela
enfermeira Cleide Mara Fonseca. Também participarão cinco acadêmicos de
Medicina e 20 de Enfermagem da Uepa.
O medicamento será liberado pela
farmácia especializada do CSE por meio de laudo médico, receita do medicamento,
Termo de Livre Esclarecimento, documentação pessoal - como Registro Geral e
Cadastro de Pessoa Física -, comprovante de residência, Cartão Nacional do
Sistema Único de Saúde, teste de gravidez (no caso de mulheres) e, no caso de
menores de idade, os mesmos documentos dos responsáveis.

