Os meses de janeiro e fevereiro
são considerados críticos por especialistas que trabalham com a prevenção de
incêndios, seja em casas ou em prédios. É comum, por exemplo, que as pessoas
saiam de férias e, eventualmente, esqueçam algum equipamento ligado à tomada.
“É quando um incêndio de grande proporção acontece”, alerta o técnico de
Segurança e bombeiro civil Jean Farias.
Em unidades de saúde, este risco
tende a ser minimizado em função dos treinamentos constantes para evitar
sinistros. O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência promove até
sexta-feira (3) o curso para formação da brigada de incêndio, equipe que preza
pela heterogeneidade, composta por 50 funcionários das áreas assistenciais e
administrativas. A ideia é que os brigadistas estejam representados nos
diversos setores do hospital, capacitados para identificar áreas de risco e com
conhecimento amplo para agir em casos de sinistro.
O treinamento atende à Norma
Regulamentadora nº 23, que disciplina sobre as regras de segurança e saúde no
trabalho, especificando acerca de proteção contra incêndio, saídas suficientes
para a rápida retirada do pessoal em serviço, equipamento suficiente para
combater o fogo e pessoas habilitadas para uso desse material. A ação é
promovida pela Diretoria Administrava e Financeira, por meio do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
A técnica de Enfermagem
Meiriellen de Barros é uma das brigadistas treinadas no curso de cinco dias,
com carga horária de 20 horas. A profissional aprende técnicas para combater
incêndio, fazendo a evacuação da área e inspeções dos hidrantes. “É
interessante o fato de estarmos nos habilitando para tratar sinistros, como,
por exemplo, manusear os extintores e o momento de saber advertir, orientar
quem estiver envolvido”. Para ela, além do conhecimento técnico, é fundamental
manter o controle emocional. “É importante ter cautela para saber lidar com a
situação naquele momento”.
A brigada de incêndio do Hospital
Metropolitano – que é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de
Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa) – tem a função de dar as diretrizes em caso de necessidade,
explica o técnico em Segurança do Trabalho Carlos Henrique Batista. “A equipe
de brigadistas saberá saber como agir e conhecerá os procedimentos, a avaliação
do cenário, que tipo de extintor vai ser usado e também sobre a evacuação da
área”.
A equipe também tem a missão de
acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente. “Quando a situação saiu do controle
ou está em grande proporção e a brigada não deu conta, ela tem que atuar até o
bombeiro chegar. A prioridade nesse momento são as vítimas. É preciso retirá-las,
de forma veloz e eficaz, do local. No segundo momento, é preciso considerar o
prédio, os bens públicos”, explica Jean Farias.
A temática Noção de Primeiros
Socorros também foi um assunto abordado pela técnica de Enfermagem Alessandra
Rodrigues, que ministrou palestra para os participantes do curso. “Abordamos
temas como imobilização, reanimação e também como acalmar a vítima. Eles estão
aptos para imobilizar em caso de fratura e entorse e para identificar uma
parada cardíaca, por exemplo”, disse.