Hoje (25), oficialmente, é
comemorado o Dia da Indústria. Segundo dados da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o segmento representa 22% do PIB do Brasil, respondendo por
55% das exportações, 66% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e 30%
dos tributos federais. Para cada R$ 1,00 produzido na indústria são gerados R$
2,32 na economia como um todo. Além de gerar emprego e renda, o setor
industrial também tem investido, significativamente, em projetos sociais que
tem feito a diferença na vida de milhares de pessoas.
Nesse cenário, Barcarena, no
nordeste do Pará, destaca-se com importantes iniciativas na área de capacitação
profissional e educação. Um dos exemplos vem da Alubar. A empresa que é líder
na América Latina na fabricação de cabos elétricos de cobre e alumínio para
transmissão e distribuição de energia realiza o projeto Japiim, que há 10 anos
beneficia mulheres no ofício de costura. Elas produzem parte dos uniformes dos
colaboradores da empresa, que os compra e garante renda extra para o sustento
das famílias.
Em 2016, a produção do Japiim
surpreendeu: foram produzidas mais de 6 mil peças, superando a meta de um
salário mínimo/mês para cada mãe. “Hoje, as meninas já abraçaram o ofício e estão
muito mais confiantes. É bom demais ver o quanto elas aprenderam ao longo
desses anos. Algumas entraram e não sabiam sequer pregar um botão, hoje temos
até Microempreendedoras Individuais (MEI)”, comemora Márcia Campos,
coordenadora de Projetos Sociais da Alubar.
É o caso da costureira Vanilda
Barreta, 39 anos. Há quatro anos ela faz parte do Japiim, que a ajudou a ser
tornar dona do próprio negócio. “Hoje tenho uma renda garantida para minha
família. Para mim, repassar todo o conhecimento que tive a outras pessoas é
muito gratificante e também é uma realização como ser humano e mulher”, afirma.
Na linha educacional, a Alubar
desenvolve o Catavento em parceria com a Secretaria Municipal de Educação
Desenvolvimento Social de Barcarena. A iniciativa realiza a formação de
professores, com oficinas de capacitação, e estimula o hábito da leitura e
produção textual com a doação de livros e jogos interativos, beneficiando 1300
crianças de 28 escolas ribeirinhas e uma da zona rural do município.
A professora Sandra Helena
Furtado, da escola São José do Arrozal, na Ilha da Trambioca, disse que o
trabalho feito por meio do projeto fortalece a prática da leitura e da escrita
em sala de aula. “É um processo de aprendizado da criança de acordo com a
realidade dela, principalmente das que moram nas comunidades ribeirinhas. Para
nós é de suma importância porque os nossos alunos avançam na leitura”.
Como forma de valorizar a
vivência e a cultura da comunidade, o projeto também lançou dois livros da
série “Contando as Histórias que nos Contaram”. O primeiro intitulado “Lendas,
mitos e contos de assombração” e o segundo sob o título “Fábulas”. As histórias
foram reescritas pelos alunos e professores. “Amo ler e escrever, por isso
fiquei muito feliz em escrever uma história, que no final traz a mensagem ‘quem
não semeia, não colhe’”, conta a jovem Thayná Costa de Souza, de apenas 9 anos,
que deu os primeiros passos como escritora
ao participar da segunda publicação com a fábula “A Aranha e o Macaco”.
Educação, saúde e capacitação
Ainda em Barcarena, a Imerys, que
opera a maior planta de beneficiamento de caulim do mundo, localizada no
município, e duas minas em Ipixuna do Pará, beneficia várias famílias com a
Casa Imerys. A iniciativa, considerada o maior projeto social da mineradora no
Estado, completou cinco anos em 2017, tornando-se a concretização do
investimento da empresa no setor social ao beneficiar mais de 10 mil pessoas.
O projeto é o ponto de referência
para as comunidades, que recebem atividades, como reforço escolar, informática,
aulas de hidroginástica para a terceira idade, Programa Sorriso Saudável - que
realiza atendimento odontológico e ensina bons hábitos de higiene oral -,
cursos de capacitação na área de artesanato, balé, karatê e futebol. Em 2016, a
Casa Imerys foi reconhecida com o Prêmio Socioambiental Chico Mendes, na
categoria Ação e Cases de Natureza Socioambiental, e com o Selo Verde Chico Mendes.
A dona de casa Josiane Andrade,
moradora da Vila do Conde, comemora os resultados na vida dos filhos, que
participam da atividade de reforço escolar. Cláudio, 9 anos, tinha dificuldade
de aprendizagem e apresentava há dois anos um histórico de repetência e Luane,
8 anos, não sabia ler e foi alfabetizada pelo projeto. “Fico muito feliz em ver
meus filhos avançando. Não tenho dúvida de que a Casa Imerys é um projeto sério
que tem ajudado várias famílias carentes das comunidades de Barcarena”,
declara.
A pedagoga Luiza Somenzari, que
trabalha como professora na Casa Imerys, acompanhou a evolução de Cláudio e
Luane e diz que é fundamental fazer um diagnóstico da dificuldade para se
trabalhar em cima dela. “A proposta do reforço escolar é trabalhar as
disciplinas de Português e Matemática, mas ao observar a dificuldade de
leitura, criamos a linha de alfabetização dentro do reforço e isso foi muito
positivo. Fruto desse trabalho é o desenvolvimento do Cláudio e da Luane. Isso
é mais do que uma conquista educacional, é uma superação e elevação da
autoestima dos alunos que se veem como capazes. Sinto uma emoção muito grande
ao falar disso porque faço parte da história”, diz a educadora.
Há três unidades do projeto no
Pará, sendo duas em Barcarena e uma no município de Ipixuna do Pará.
"Buscamos a sustentabilidade das comunidades próximas às operações da
empresa oferecendo oportunidades gratuitas de educação, saúde, qualidade de
vida e cursos que incentivam a geração de renda local. A Casa Imerys confirma o
comprometimento da empresa com as comunidades e é um investimento social
voltado ao crescimento de todos”, ressalta Juliana Carvalho, coordenadora de
Comunicação & Relações com a Comunidade da mineradora.