Foto: Agência Pará |
Encerra nesta sexta-feira
(16) o prazo para o produtor rural notificar a vacinação do rebanho contra
febre aftosa aos escritórios da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do
Pará (Adepará). A notificação é importante porque comprova que o rebanho foi
imunizado. A etapa de vacinação ocorreu de 1º a 31 de maio, em 128 municípios.
O prazo terminaria na
quinta-feira (15), mas devido ao feriado de Corpus Christi foi estendido por
mais um dia útil, para que todos os pecuaristas possam notificar a vacinação.
O diretor-geral da Adepará, Luiz
Pinto, explicou que o prazo foi prorrogado “para que o produtor não fique
prejudicado. Essa é uma etapa muito importante, em que temos que obter êxito”,
ressaltou.
Segundo George Santos, gerente do
Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, os criadores devem fazer a
notificação para evitar problemas. “Caso não vacine ou não comprove a
vacinação, o produtor é classificado como inadimplente, perde o direito de
emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) para transitar com os animais, tem sua
propriedade bloqueada pela falta da vacina e é multado. A vacinação é
obrigatória, e a comunicação da vacina é fundamental, pois é através dela que a
Adepará toma conhecimento que o produtor, de fato, vacinou seus bovinos e
bubalinos”, informou.
Estímulo - A vacinação garante a
imunização do rebanho do Estado e a diminuição da possibilidade de foco de
febre aftosa. “Os relatórios sobre as atividades de vigilância epidemiológica e
informações das etapas de campanha são repassados para os órgãos competentes.
Além disso, a Adepará utiliza para análise esses dados e na avaliação da
situação sanitária do Estado, que estimula o agronegócio paraense”, acrescentou
George Santos.
Durante a campanha, a meta da
Adepará foi imunizar 21 milhões de animais em 109 mil propriedades rurais. Até
o momento, mais de 90% dos animais foram vacinados, com base na notificação. A
meta é atingir 98%, repetindo o êxito de outras campanhas.
Este ano, 2.340 mil doses de
vacina contra a febre aftosa foram doadas aos produtores rurais com até 20
cabeças de gado, em municípios que não conseguiam atingir a meta. “A doação é
uma das formas de garantir o acesso à vacina para pequenos produtores que têm
dificuldade de adquirir”, explicou George Santos.
Geração de renda - O rebanho do
Pará livre da febre aftosa é importante para a economia do Estado, pois valoriza
a qualidade da carne e abre novos mercados, gerando internamente mais empregos
e renda.
Em maio deste ano, a Adepará foi
informada que o rebanho bovino do Pará está 100% livre da febre aftosa, após a
conclusão do estudo epidemiológico para avaliação de transmissão viral no
Estado, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), em parceria com a Agência.
O relatório contém dados
referentes aos oito municípios paraenses localizados nas divisas com os estados
do Amazonas e Amapá, áreas consideradas, respectivamente, de médio e alto risco
para aftosa.
Segundo Luiz Pinto, as ações
desenvolvidas em defesa da agropecuária paraense, como as campanhas de
vacinação, vêm alcançando seus objetivos.