Grande parte do Pará apresenta altas
temperaturas e baixos volumes de precipitação no mês de julho. Segundo
monitoramento climático feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), por causa da diminuição das chuvas e redução da
nebulosidade, as temperaturas devem ser elevadas em todo o Estado, com máximas
diárias podendo ultrapassar os valores médios em até 3°C.
Os valores máximos de chuva na faixa
norte do Pará, em julho, ficarão entre 100 e 180 mm, distribuídos em pancadas
de chuvas entre o fim da tarde e início da noite. A porção sul do Estado já
apresentará período seco estabelecido, com precipitação neste mês de até 25 mm,
valores bem reduzidos decorrentes do predomínio de massa de ar seco na região
central do Brasil.
A região centro sul e extremo sudeste
paraense deve registrar temperaturas máximas diárias entre 34ºC e 37ºC, já que
a massa de ar seco provoca grande incidência de radiação solar, amplitude
térmica e baixos índices de umidade do ar.
Calor – Quem pretende viajar para as
praias de Mosqueiro, em Belém, e Salinópolis e Marudá, no nordeste paraense,
deve ficar atento às altas temperaturas. Nos três balneários, as máximas
alcançarão valores em torno de 32ºC a 33ºC. O valor médio mensal de ocorrência
de chuva nessas áreas é de 217,4 mm, 129,9 mm e 136,6 mm, respectivamente. Em
Belém, os valores máximos de temperatura devem oscilar entre 33ºC e 34ºC, com
média pluviométrica próximo de 200 mm. Na Praia de Ajuruteua, em Bragança, as
chuvas apresentarão valores próximos de 168,4 mm no mês, e os termômetros podem
indicar até 32ºC.
Segundo o diretor de Meteorologia e
Hidrologia da Semas, Antônio Sousa, o Pará, entre os meses de novembro a abril,
em média, tem o período de maior ocorrência de chuvas. De maio a outubro é observada
a menor quantidade mensal de chuva em grande parte do Estado. “A redução da
nebulosidade e das chuvas contribui diretamente para o aumento das temperaturas
máximas diárias”.
Dados divulgados pelo Centro Integrado
de Monitoramento Ambiental e a Diretoria de Meteorologia e Hidrologia da Semas
confirmam que julho é marcado pelo início do período mais crítico de
ocorrências de queimadas. As condicionantes climáticas atuais ajudam no
desencadeamento e na propagação do fogo. O mês apresenta em média 1,2 mil focos
de queimadas. Até o dia 5, foram registrados 74 focos. A maior quantidade
registrada para este mês foi de 4.436 focos, em 2004.