O processo de destinação e tratamento
dos resíduos executado no aterro sanitário de Marituba pode ser verificado por
qualquer pessoa, com conhecimento técnico ou não. Por meio do Programa Portas
Abertas e pautada pela transparência, a Guamá Tratamento de Resíduos mantém uma
agenda de visitas monitoradas ao empreendimento. Desde maio, quando a ação teve
inicio, mais de 80 pessoas já conheceram o aterro sanitário que recebe o lixo
gerado pela população da região metropolitana de Belém.
O programa de visitas da Guamá é
direcionado para públicos de relacionamento, principalmente em Belém,
Ananindeua e Marituba, municípios de atuação da empresa. A agenda de visitas
iniciou com a participação de agentes do poder público e já recebeu
representantes da comunidade, de entidades setoriais e de instituições de
ensino. O objetivo da iniciativa é manter um permanente canal de diálogo com
esses públicos, garantindo transparência a respeito das atividades realizadas
pelo empreendimento, além de mostrar as obras de melhorias e ajustes
operacionais do aterro, em andamento desde fevereiro.
As visitas têm sido esclarecedoras ao
mostrar os problemas que o aterro enfrentou e as soluções implementadas, avalia
segundo Bruno Caldas, gerente técnico da Revita. “Todas as dúvidas estão sendo
tiradas de uma forma muito transparente e os visitantes saem satisfeitos. A
visita quebra alguns paradigmas, algumas referências equivocadas divulgadas e
acaba tornando as pessoas formadoras de opinião, não só da recuperação do
empreendimento como também da atual situação da empresa”, pontua o gestor.
Após visita ao empreendimento, José
Maria Mendonça, vice-presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado
do Pará (Fiepa), diz que o aterro sanitário é a decisão mais correta para a
destinação dos resíduos. “Desde sempre eu tive a opinião de que alguns ajustes
precisariam ser feitos, mas solução é esta mesma. Não podemos aceitar nenhum
retorno a um Lixão do Aurá. A solução do aterro é a correta. Devemos caminhar
nessa direção e agora cabe a toda sociedade ajudar com coleta seletiva e tudo
mais para que o aterro funcione dentro de uma normalidade plena.”
Visitas técnicas – O empreendimento da
Guamá é o único aterro sanitário de grande porte licenciado em toda a Região
Norte do país. Por isso, grupos de estudo e instituições de ensino têm especial
interesse em conhecer a operação do local, que recebe cerca de 1.500 toneladas
de resíduos a cada dia, atendendo uma população superior a 2 milhões de
pessoas.
Por meio do programa de visitas, cerca
de 40 estudantes e professores universitários já conheceram o empreendimento e
seu processo de operação, do recebimento à destinação final de resíduos,
incluindo aprendizado sobre a obra de engenharia necessária para a construção
de um aterro.
Para a professora Vanusa Santos, do
Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Sustentabilidade (GEMAS) da Faculdade de
Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do
Pará (UFPA), a visita foi muito proveitosa para o grupo de alunos de Economia e
Engenharia Sanitária e Ambiental. “A maioria nunca tinha visitado um aterro e
teve oportunidade de ver todos os processos. Queremos fazer visitas periódicas
para que eles possam chegar cada vez mais perto da prática”, pontua.
Serviço
As visitas monitoradas ao aterro
sanitário de Marituba ocorrem às terças e quintas-feiras pela manhã, reunindo
grupos de até 20 pessoas, que precisam observar os procedimentos de segurança
para o acesso ao local. Os agendamentos devem ser feitos com antecedência de 30
dias pelo e-mail rcastelo.guama@solvi.com.