O Bosque Rodrigues Alves - Jardim
Zoobotânico da Amazônia, um espaço pelo qual os paraenses guardam um sentimento
de carinho, encantamento e até de saudade, celebra seus 134 anos de fundação,
em três dias de programação especial, a partir desta sexta-feira, 25, data em
que foi inaugurado, até o próximo domingo, 27.
A programação de sexta-feira, 25, começa
às 8h30 com uma exposição sobre animais que foram vítimas de abandono e maus
tratos, na trilha principal do Bosque, e semeadura de arbóreas em bandejas. Em
seguida, estudantes de três escolas de Belém participam da trilha “Conhecendo a
Biodiversidade do Bosque”, que tem a participação do Instituto da Amazônia
Filhos da Terra.
O primeiro dia dessa programação se
encerra no Espaço Criança, pelo programa Vet Kid’s, da Universidade Federal
Rural da Amazônia (Ufra), que vai promover pintura com as crianças e
orientações sobre a fauna e flora do local. Haverá também contação de histórias
pelo grupo Movimento de Contadores de Histórias da Amazônia. O encerramento
terá um cortejo de participantes dos grupos, e será cantado os parabéns ao
Bosque, além de ser feita doação de mudas de plantas ao público.
No sábado, 26, a programação é voltada
ao público em geral e começa às 9 horas. Terá entrega de sementes para
semeadura de espécies em bandejas, exposição de trabalhos científicos sobre a
flora e a fauna do Bosque, e, no Espaço Criança, pintura e contação de histórias.
No último dia, domingo, 27, a
programação começa às 9 horas, com a exposição “Varal Ambiental”, pela escola
Nova Acrópole; mostra de trabalhos científicos sobre a flora e a fauna do
Bosque; a palestra Filosofia no Jardim, com o tema “Encantados - Os Misteriosos
Habitantes da Floresta”, também por conta de integrantes da escola Nova
Acrópole, no espaço Ruínas do Castelo.
A partir das 10 horas, na brinquedoteca,
começam as oficinas de desenho e de reaproveitamento de materiais, seguidas de
contação de histórias. Ainda nas Ruínas do Castelo, haverá o programa Cantiga
no Jardim, com a apresentação musical do Coro Muiraquitã. Além dessas
programações, haverá a trilha “Conhecendo a Biodiversidade do Bosque”, que
começa às 10 horas, com saída do Chalé de Ferro, às proximidades da Travessa
Perebebuí.
História - O Bosque Rodrigues Alves foi
criado em 25 de agosto de 1883, por norma constitucional do presidente da
Câmara de Belém, João Diogo Clemente Malcher, sendo idealizado pelo presidente
da Província do Pará, José Coelho da Gama Malcher, o Barão do Marajó. São 15
hectares de área verde, ou seja, 150 mil metros quadrados, compreendidos pelo
quadrilátero formado pelas Avenidas Almirante Barroso e Romulo Maiorana e as
Travessas Perebebuí e Lomas Valentinas. A inspiração é europeia e vem do Bois
de Bologne, localizado na parte ocidental de Paris (França).
O local abriga uma importante
diversidade de espécies da fauna e flora do ecossistema amazônico, além de
monumentos, grutas, ruínas, aquário, chalés e viveiros de animais, e ainda
lanchonete e brinquedoteca. Pelas alamedas do local, volta e meia, em meio ao
silêncio, apesar de trânsito intenso das redondezas, é possível ver macacos nas
árvores, as pequenas cotias que passam correndo, tatus, os jabutis que aproveitam
o sol nos viveiros, o barulho das araras e outro mais.
O espaço fecha para manutenção às
segundas-feiras e mantém uma média semanal, de terça-feira a domingo, de 2.500
visitantes, sendo que esse número aumenta nos meses das férias escolares de
julho e janeiro e em outubro, devido o Dia das Crianças, comemorado no dia 12
desse mês, sendo que esse dia é o de maior fluxo de pessoas no Bosque.