A obra do prolongamento da
Avenida João Paulo II entrou na reta final. A expectativa é que seja entregue à
população em dezembro deste ano. A etapa considerada a mais trabalhosa e
desafiadora da obra, a montagem da ponte sobre o Lago Bolonha, já foi
concluída. Já a ponte sobre o Lago Água Preta está em fase de finalização de
empurre, com previsão de conclusão para outubro. As pontes possuem estrutura
mista, em metal e concreto.
Para não causar danos ao meio
ambiente, a construção das pontes foi realizada de modo diferenciado. Durante a
execução das fundações, foi colocada uma estrutura de apoio náutico sobre os
lagos, que serviu de suporte para o trabalho, sem a necessidade da presença de
homens e máquinas no interior dos lagos. Com isso, eliminou-se a possibilidade
de interferências ao meio ambiente.
O processo de montagem também foi
pensado de maneira distinta: elas foram armadas em terra, no pátio de empurre,
para então serem movimentadas para sua locação definitiva. Isso fez com que as
atividades antecessoras fossem realizadas “offshore” (fora do canteiro de obra).
Com essas medidas e tecnologias, caiu para praticamente zero o impacto
ambiental sobre os Lagos Bolonha e Água Preta.
A ponte que transpõe a ponta do
Lago Bolonha, localizada a 60 metros da passagem Mariano, mede 176m e a que
transpõe o Lago Água Preta, localizada a 30 metros da Rua da Pedreirinha, mede
224m. A arquitetura é semelhante às pontes da Trindade sobre o Rio Neva, em São
Petersburgo, na Rússia, e Ferroviária sobre o Rio Árade, em Portimão, Portugal.
As estruturas foram projetadas
para que apenas três eixos de blocos de fundação ficassem sobre a área alagada.
“Elas estão projetadas para suportar o esforço de carga através das estruturas
metálicas, reduzindo o impacto que seria causado nos lagos pelos processos de
fundação e montagem convencionais sobre a água”, detalha Cesar Meira, diretor
geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
Avanço
Atualmente, a obra já está com
98% da terraplenagem pronta, 92% da drenagem, 60% da pavimentação, 94% da Ponte
Bolonha e 73% da Ponte Água Preta, o equivalente a cerca de 80% do projeto.
Inclusive, a obra chegou à quarta pétala do elevado Mário Covas, que já está
asfaltada e em outubro será anexada ao elevado, quando vai ser construída a
laje de transição entre o viaduto e a João Paulo II.
A interligação da Avenida João
Paulo II com a BR-316 se dará com a construção da quarta pétala do elevado do
Coqueiro. A conexão do prolongamento com o elevado do Coqueiro e, deste com a
Rodovia Mário Covas, também permitirá o acesso direto à capital de veículos
vindos dos conjuntos Cidade Nova e Paar, e bairros do Coqueiro e 40 Horas, em
Ananindeua. Com isso, o projeto busca melhorar a distribuição do tráfego geral
e do transporte público, e viabilizar a implantação do BRT na Rodovia BR-316
até Marituba.
Além da nova avenida, quatro vias
que completam o sistema de mobilidade receberão pavimentação, drenagem e
iluminação pública: Rua Moça Bonita (entre Av. João Paulo II e BR-316); Rua do
Fio (entre passagem Simões e BR-316); passagem Simões (entre Rua do Fio e Av.
João Paulo II); e Rua da Pedreirinha (entre e Av. João Paulo II e BR-316). A
área do projeto mede 271,41 hectares e abrange os bairros do Castanheira e
Guanabara, que têm cerca de 40 mil habitantes.