O Banco da Amazônia vai abrir nesta terça-feira,14, a exposição “Amazônia Style”, uma das contempladas pelo Edital
de Artes Visuais 2017, que valoriza a arte urbana por meio do graffiti. O
projeto é realizado pelo grafiteiro Jin Barreto e será exposta no Espaço
Cultural da Instituição. A curadoria é de Pablo Mufarrej.
A proposta é dar visibilidade à
Amazônia e valorizar a arte urbana. Este projeto é a maneira de produzir
cultura, utilizando materiais recicláveis e sustentáveis como: latas de spray
secas e paletes. A arte urbana contribui
para ampliação do campo da pintura mural na atualidade resultando em delicado
jogo de recortes e sobreposições entre linha e cor, composição fundamentada na
tradição gráfica dos antepassados.
“A exposição Amazônia Style será
composta por instalações, intervenções com graffiti, canvas e fotos em Fine
Art, produzida por impulso artístico e estético sem a preocupação de ser
documental ou comercial”, informou o artista.
A mostra trará um olhar diferente do grafiteiro com o simbolismo
amazônico que transcende a sua arte.
Para o gerente de Imagem e
Comunicação do Banco da Amazônia, Ewerton Alencar, essa mostra aproxima o
conceito da arte urbana por meio do Graffiti, oportunizando a reflexão sobre as
desigualdades sociais. “Os desenhos nos muros e paredes proporcionam conhecer
os problemas existentes na sociedade. E a exposição de Jin Barreto vai trazer
para dentro do nosso Espaço Cultural um pouco dessa arte de rua”, salientou.
Jin Barreto utiliza fundamentos
para propor ocupações temporais na área urbana, com cores e linhas que subverte
a escrita e abstrai sua mensagem através de um estilo próprio voltado para a
cultura regional do estado do Pará. Os graffitis podem ser encontrados em
diversos muros e suportes na cidade, assinados como Botwo.
Intervenção urbana
Um dos projetos realizados pelo
artista foi realizar a intervenção urbana utilizando um caminhão de gelo, com o
intuito de chamar a atenção sociedade contra o preconceito a esse tipo de arte,
que ainda existe. “O caminhoneiro está em constante movimento e com isso as
pessoas apreciam a arte e pode despertar o potencial e influenciar os jovens a
sair do mundo das drogas e da violência usando a arte que estão dentro deles
mesmo”, diz Jin Barreto.
O ARTISTA
Jin Barreto, 32 anos, paraense, é
um dos artistas reconhecidos na Cidade de Belém e no Norte do Brasil. Iniciou
seu contato com desenho aos 8 anos, com incentivo do irmão Esmael Raymon. Em
2000, participou da oficina Arte Urbana - cores de Belém, desenvolvida por
Anderson Galvão e Moisés Mpris. Ele integra a primeira geração de Graffiti da
Região, vem colorindo a cidade e valorizando a cultura regional desde 2000.
Durante sua jornada, fez presente em
diversos eventos nacionais de arte urbana como: projetos cores de Belém
-2001 / Celpa em graffiti -2004/ Reduto Walls – 2014/ black and white - Manaus
- AM - 2014 / ACK Arte e Cultura na
Kebrada - São Paulo - SP 2014/ Cowparede Brasil - edição Belém -2016 e o mais
recente UNC União Nacional Crew - Manaus - AM 2017.
Aprofundou os estudos da arte
urbana e se identificou com o estilo selvagem (wild style). “Assim como na
pré-história nós falávamos nas paredes sobre caças, os riscos, os tempos, as
ameaças. Aqui também se fala sobre desejos, medos, deixando nas paredes da
cidade, da sociedade, aquilo que vem do mais intimo das suas vidas”, diz Jin.
Serviço:
Vernissage da Exposição Amazônia
Style
Hora: 18h30
Data: 14 de novembro de 2017
Local: Espaço Cultural Banco da
Amazônia
Entrevistado: Jin Barreto
Contato: 91 98307-8480 e
4008-3491/ 98822-4580 – Assessoria de Imprensa do Banco da Amazônia – Alcilene
Costa e Arianne Vale