Belém sediará Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal



O governador Simão Jatene recebeu nesta terça-feira (07) o Diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Henrique Figueiredo Marques. Em pauta, os avanços e as ações de defesa sanitária animal desenvolvidas no Estado e no Brasil. O encontro ocorreu no Palácio do Governo.

Durante a reunião, o representante do órgão federal destacou a pauta de discussões do V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal (Endesa 2017). O evento será realizado na capital paraense no período de 4 a 8 de dezembro, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. “Todo o setor privado, nacional e internacional estará envolvido nesse tema de sanidade animal, demonstrando claramente que temos uma carne forte, com condições sanitárias de ser comercializada nacionalmente e internacionalmente. E o Pará é um grande produtor, uma referência que deve ser buscada e perseguida”, afirmou o diretor do DSA, Guilherme Henrique Figueiredo Marques.

O evento ocorre a cada dois anos e tem como objetivo aprimorar as ações de defesa sanitária animal por meio do intercâmbio entre o serviço veterinário oficial, setor privado e o meio acadêmico e científico, além de fazer um balanço das ações anteriores, apresentando desafios e compromissos para o biênio seguinte.

O Endesa Belém fecha o ciclo de discussões dentro do Brasil que iniciou na região Nordeste, com a realização do evento em João Pessoa; passando pelo sudeste (São Paulo); sul (Paraná) e centro-oeste (Mato Grosso). “O primeiro estado do Norte é o Pará. E assim vamos seguindo nessa estratégia de demonstrar à sociedade todo investimento que é feito na defesa sanitária pelos governos federal e estadual, com a participação do setor privado”, disse Guilherme Marques.

O governador Simão Jatene destacou a qualidade do rebanho bovino do Pará, que soma mais de 20 milhões de cabeças, livre de febre aftosa. Característica também ressaltada pelo representante do Ministério da Agricultura. “O Pará vai ser beneficiado agora com o reconhecimento da última faixa que ele tem. Então vamos ter 100% do território paraense considerado livre de febre aftosa, bem como 100% do território brasileiro, já que Amapá, Roraima e Amazonas também serão considerados livres da doença”, explicou Guilherme Marques.

Segundo Marques, o reconhecimento deverá ser feito em maio de 2018 durante a Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris, que certificará 181 países. “Isso é um marco histórico, um trabalho de 60 anos de um programa extremamente exitoso que permitiu que no maior rebanho comercial do mundo, de 217 milhões de bovinos, fosse erradicada uma enfermidade como essa. Isso levará, sem sombra de dúvida, a um crescimento exponencial nas exportações, agregando cada vez mais valor”, destacou o diretor.

Ainda segundo Marques, o trabalho agora é para alcançar uma certificação ainda mais importante. “Dividimos o país em cinco blocos e o Pará está participando em dois deles, para que, gradativamente, possamos ir retirando a vacina para que esse Estado na sua plenitude, bem como o Brasil, possa ser reconhecido como livre da doença sem vacinação”, adiantou. “Isso significa atingir mercados alcançados somente pelo estado de Santa Catarina, único que possui esse reconhecimento. E assim a gente espera agregar muito mais valor nos produtos dos animais oriundos desse estado e do Brasil”, finalizou Guilherme Marques.

O Endesa reunirá diversas autoridades nacionais, entre elas os secretários de agricultura de todo o País, profissionais do setor público e privado, além de delegações da França, Espanha, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia.